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“O BE é o partido acabado de todos os oportunistas", diz Arnaldo Matos

Arnaldo Matos acusa Ricardo Robles de participar no mercado de especulação imobiliária e de ter enriquecido na Câmara lisboeta. Criticas do líder do PCT/MRPP estendem-se a outras figuras bloquistas, como Francisco Louçã ou Fernando Rosas.

“O BE é o partido acabado de todos os oportunistas", diz Arnaldo Matos
Notícias ao Minuto

08:07 - 29/07/18 por Pedro Bastos Reis

Política MRPP

O líder do PCTP/MRPP teceu fortes críticas ao Bloco de Esquerda na sequência da polémica em torno do apartamento de Ricardo Robles, em Alfama, Lisboa. Segundo Arnaldo Matos, o vereador bloquista “entrou na especulação imobiliária e enriqueceu na Câmara da Capital”, apesar de o apartamento em causa não ter sido vendido.

Numa série de publicações na rede social Twitter, Arnaldo Matos não ficou apenas pelo caso de Robles e aproveitou para acusar o Bloco de Esquerda de ser um “partido fraudulento”, que “conseguiu ocultar nesta amálgama a sua verdadeira ideologia política reacionária”.

Para o líder do MRPP, “o BE não é um partido comunista, não é um partido socialista, não é um partido de trabalhadores: é um partido capitalista, oportunista, reacionário”.

“No princípio, nem queriam ouvir falar de ideologia. Agora mostram ao que vêm: ao dinheiro, à especulação imobiliária, ao assalto”, atacou Arnaldo Matos.

As acusações do líder do MRPP não se restringiram apenas a Ricardo Robles. Arnaldo Matos atacou ainda outras figuras bloquistas, como Francisco Louçã, Fernando Rosas ou Mário Tomé, considerando que o Bloco de Esquerda é “o partido acabado de todos os oportunistas conjuntos”.

"Toda a gente se perguntava: mas o que é o partido do trotsquista Louçã, do social-fascista Fernando Rosas, do spinolista Mário Tomé, todos juntos? Não pode ser senão o partido acabado de todos os oportunistas conjuntos”, rematou.

“Agora já sabem qual é a verdadeira ideologia de Louçã, Rosas, Mário Tomé e de toda a escumalha do Bloco: a ideologia dos especuladores imobiliários, dos reaccionários sem escrúpulos, dos exploradores disfarçados de anarquistas, trotsquistas, albanistas e revisionistas”, disse ainda.

A polémica em torno do apartamento de Ricardo Robles começou na passada sexta-feira, na sequência de uma notícia avançada pelo Jornal Económico que dava conta da compra do imóvel por parte do vereador bloquista, na altura por uma quantia de 347 mil euros. Depois de um investimento de cerca de um milhão de euros, o imóvel em causa esteve no mercado pelo preço de 5,7 milhões de euros, apesar de não ter chegado a ser vendido.

Ricardo Robles garante que durante todo este processo não houve qualquer despejo e está seguro de que procedeu de “forma exemplar”, contando com o apoio da coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que no sábado denunciou as “notícias falsas” e falou numa campanha para denegrir o Bloco de Esquerda.

O vereador garantiu que não se vai demitir, apesar desta exigência vinda do PSD Lisboa. O próprio líder dos sociais-democratas, Rui Rio, apesar de não pedir a demissão de Robles, notou uma “certa piada” na defesa feita por Catarina Martins, porque, na sua ótica, “quando o BE ataca os outros partidos, é lícito, quando os outros partidos apontam qualquer mal ao BE, é perseguição".

Estas declarações proferidas no sábado surgiram no mesmo dia em que a fachada do apartamento em causa foi vandalizada. “Aqui podia morar gente", lia-se na parede do edifício.

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