EDP: Costa diz que "não tem nenhuma reserva a opor" a oferta chinesa
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que não tem "nenhuma reserva a opor" a que o grupo chinês China Three Gorges realize uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a EDP.
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Política Primeiro-ministro
"O mercado decidirá. A China Three Gorges é há muitos anos acionista de referência da EDP e não temos nenhuma reserva a opor. As coisas têm corrido bem", disse António Costa, que falava aos jornalistas aquando da votação nas eleições diretas para o cargo de secretário-geral do PS, na Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL).
O primeiro-ministro defendeu que os "investidores chineses têm sido bons investidores em Portugal", destacando os casos da EDP, REN e outros setores de investimento.
"O que é importante todos sabermos e o que devemos estar interessados é o que é que os acionistas que propõem lançar uma OPA propõem fazer com a empresa, qual o futuro que veem para a empresa e que ambição para o desenvolvimento da empresa. Espero que seja uma boa ambição para a nossa economia", afirmou.
China Three Gorges só avançaria com não oposição do Governo
A China Three Gorges disse hoje que só lançará a OPA sobre a EDP se o Governo de Portugal não se opuser à operação, segundo o anúncio preliminar da operação divulgado ao mercado.
No anúncio preliminar da Oferta Pública de Aquisição (OPA) divulgado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo chinês sujeita a concretização do lançamento da operação a várias aprovações, como das autoridades de concorrência (Autoridade de Concorrência e Comissão Europeia), mas também à "confirmação por parte do Governo de Portugal de que não irá opor-se à oferta tal como delineada no presente anúncio preliminar".
Assim, e "por consequência", se o executivo não se opor "ao lançamento da potencial oferta pública obrigatória de aquisição sobre as ações representativas do capital social da sociedade espanhola EDP Renováveis", referem.
A CTG quer esta 'luz verde' do Governo para avançar com a OPA à elétrica "ao abrigo e de acordo com o artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 138/2014, de 15 de setembro".
A CTG, recorde-se, (que já é o maior acionista da EDP com 23% do capital) lançou hoje uma Oferta Pública de Aquisição voluntária sobre o capital da EDP, oferecendo uma contrapartida de 3,26 euros por cada ação, o que representa um prémio de 4,82% face ao valor de mercado.
Os títulos da EDP encerraram o dia de negociações de hoje a ganhar 0,75%, nos 3,11 euros, antes de a negociação ser suspensa pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que aguardava informações relevantes da OPA, noticiada pelo Expresso esta tarde.
Segundo o anúncio preliminar de lançamento da OPA, divulgado hoje na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a China Three Gorges oferece uma contrapartida de 3,26 euros por ação, avaliando, assim, a EDP em cerca de 11,9 mil milhões de euros.
Lançou também uma OPA obrigatória sobre o capital da EDP Renováveis, oferecendo uma contrapartida de 7,33 euros por cada ação, um preço abaixo do valor da última cotação.
Os títulos da EDP Renováveis encerraram o dia de negociações de hoje a ganhar 0,58%, nos 7,84 euros, antes de a negociação ser suspensa pela CMVM.
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