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"Presidente do Conselho Nacional da Saúde foi sempre antimédico"

Críticas são do presidente do Sindicato Independente dos Médicos, num dia marcado pela paralisação de médicos.

"Presidente do Conselho Nacional da Saúde foi sempre antimédico"
Notícias ao Minuto

11:22 - 08/11/17 por Pedro Filipe Pina

País Jorge Roque da Cunha

Desde a meia-noite desta quarta-feira, está a decorrer uma paralisação de médicos. O protesto tem tido impacto um pouco por todo o país, como deu conta Jorge Roque da Cunha, presidente Sindicato Independente dos Médicos.

Em declarações aos jornalistas, Jorge Roque da Cunha deu conta dos números de adesão à greve, mas deixou também críticas a Jorge Simões, presidente do Conselho Nacional da Saúde, na sequência das declarações que fez à Antena 1 numa recente entrevista.

Na entrevista em causa, o líder deste órgão de consulta do Governo onde estão representadas dezenas de entidades, entre as quais a Ordem dos Médicos, deu a entender que pode haver um reordenamento de tarefas para outros profissionais de saúde.

As declarações já mereceram, por parte do bastonário da Ordem dos Médicos, o pedido de demissão de Jorge Simões do órgão a que preside. Esta quarta-feira, questionado pelo tema, Jorge Roque da Cunha disse não ter ficado surpreendido. O “presidente do Conselho Nacional da Saúde foi sempre antimédico”, afirmou.

Sobre a adesão à greve, o sindicalista afirmou que a “adesão tem sido expressivamente alta, mais alta do que nas últimas greves, nomeadamente no hospital de São José, de Matosinhos e dos Covões”, onde “100% dos blocos estão encerrados”. Em outros locais “há uma adesão de cerca de 90% em termos de blocos operatórios”. Já na área de medicina geral e familiar é de “cerca de 80%”, adiantou.

Sobre o momento que os profissionais atravessam no país, Jorge Roque da Cunha disse ainda que o sindicato a que preside não compreende “como é que o Ministério da Saúde, por exemplo, com esta desgraça que houve da Legionella, continua a não fazer com que os colegas de saúde pública estejam em disponibilidade permanente. Não nos querem em disponibilidade permanente”.

“Não percebemos também, como é que o Ministério da Saúde, com essa limitação que existe de recursos humanos, tem cerca de 500 especialistas há cinco meses para serem contratados”, afirmou ainda.

Jorge Roque da Cunha afirmou ainda que o descongelamento das carreiras “será matéria para tratar noutro local e noutro momento”. Porém, “neste momento”, os médicos querem que “estas coisas emergentes que resultaram da troika sejam resolvidas”.

“Esperamos que, com esta expressiva manifestação de descontentamento, o Ministério da Saúde perceba e que negoceie seriamente com os médicos. Exigimos que haja negociações. O Ministério da Saúde ficou há mais de dois meses de apresentar uma contra-proposta e não o fez”, acusou ainda.

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