O Inquérito à Mobilidade 2017 (IMob 2017) nas Áreas Metropolitanas do Porto (AMP) e de Lisboa (AML) vai ser realizado, pela primeira vez, através da Internet em imob.ine.pt, a partir de hoje, e presencialmente nos alojamentos que não responderem através da plataforma informática, entre 27 de outubro e 17 de dezembro.
São 290 mil os alojamentos selecionados - 80 mil na AMP e 130 mil na AML -, que vão ser contactados pelo INE para responder a este inquérito em 35 municípios, o que envolve os hábitos das cerca de um milhão de pessoas que neles habitam, uma amostra elevada em relação às habitualmente usadas pelo INE.
O inquérito pretende saber como se deslocam os trabalhadores e os estudantes destas áreas, quanto tempo demoram, a distância percorrida e os custos.
O questionário vai permitir realizar padrões de mobilidade diária da população, reunir a opinião dos utilizadores de transporte individual ou coletivo e as motivações que conduzem às opções de transporte.
O estudo questiona acerca do número de veículos do agregado familiar, deslocações diárias, local de trabalho ou escolas, tipo de transportes utilizados nas deslocações, hábitos de estacionamento de veículos, tempo de deslocação e se há membros do agregado com deficiências físicas que limitam as deslocações, por exemplo.
Em cada agregado só um dos membros responde ao inquérito, mas cada pessoa do agregado é incluída e pode dar origem a um modo diferente de deslocação.
Dados dos censos de 2011 registaram que o automóvel ligeiro particular foi o principal meio de transporte, utilizado por quase dois terços dos residentes na AMP e por mais de metade dos residentes na AML.
Nessa data, 84,4% da população trabalhadora ou estudante na AMP demorava até 30 minutos na deslocação para o trabalho ou estabelecimento de ensino.
Na AML era 71,1% da população que demorava até 30 minutos a chegar ao trabalho ou à escola.
Em 2011, eram cerca de 94,0% dos cerca de 1,1 milhões de empregados e estudantes residentes na AMP os que se deslocavam no interior da AM e cerca de dois terços do total destas pessoas trabalhava ou estudava no município de residência.
Na AML, eram 98,1% de cerca de 1,7 milhões de empregados e estudantes os que se deslocavam no interior da AM e 61% deles trabalhava ou estudava no município de residência.
O IMob 2017 é realizado com a colaboração das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.