O dia de ontem, terça-feira, ficou marcado pelo acidente ocorrido em Avões, Lamego, em que várias explosões numa fábrica de engenhos pirotécnicos resultaram em pelo menos cinco mortos, um número que poderá aumentar.
O último balanço feito por Jorge Gomes, secretário de Estado da Administração Interna, confirmou que três pessoas continuam desaparecidas e que as buscas continuarão hoje, tal como a identificação dos corpos que ainda não foi possível por razões de segurança.
Recorde-se que a primeira explosão que destruiu a fábrica de pirotecnia ocorreu ao final da tarde de terça-feira, às 17h50. A explosão inicial espoletou outras explosões idênticas.
Fernanda Costa, uma das testemunhas ouvidas no local pela Lusa, e mulher de um dos trabalhadores da fábrica, explicou que a empresa era familiar e que no local estaria o dono da fábrica e a filha, bem como dois genros, uma sobrinha e pelo menos outro trabalhador.
"Tirando o meu marido e o colega, eram todos familiares. Pelo menos estavam oito pessoas: seis homens e duas mulheres", acrescentou.
A assistência não terá tardado a chegar, com perto de uma centena de operacionais no local e dezenas de veículos.
O Presidente da República deverá deslocar-se ao local do acidente ainda esta manhã, já se tendo manifestado solidário com as famílias das vítimas.
A dimensão da explosão foi tal que a comunicação social de vários países noticiou o caso, principalmente meios britânicos, espanhóis e franceses.