A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta sexta-feira que apreendeu 300 quadros falsos dos artistas Paula Rego e António Palolo. A operação, denominada Arco-íris, resultou na maior apreensão de obras de arte de sempre em Portugal, segundo a PJ.
Em comunicado, a entidade explica que as obras estavam na posse de diversos comerciantes e coleccionadores e foram apreendidas na sequência de várias diligências e buscas domiciliárias, na cidade de Lisboa e arredores. Além disso, também foram encontrados e apreendidos alguns certificados que atestavam falsamente a autenticidade dos trabalhos.
“Este conjunto de apreensões, pelo inusitado número e concentração em apenas dois autores, não tem precedentes em Portugal, constituindo-se na maior jamais efectuada em território nacional”, sublinha a PJ no mesmo documento.
A investigação constituiu já um arguido, um comerciante na área das antiguidades, que tinha em sua posse várias obras, sendo também suspeito de ter introduzido no mercado vários quadros falsos.
Por essa razão, a polícia alerta os compradores que tenham adquirido nos últimos anos obras daqueles autores, fora dos circuitos mais credenciados e sem adequada certificação da sua originalidade, que contactem a PJ a para verificar a autenticidade das mesmas.