Em comunicado enviado à agência Lusa, o Ministério do Ambiente explica que a decisão da CCDRC foi tomada na sexta-feira, sendo que esta medida cautelar de encerramento determinou que fossem desligadas as caldeiras da unidade fabril.
"A decisão tem por base a existência de risco para o ambiente, para a qualidade do ar e para a saúde pública", lê-se no documento.
A empresa de Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, dedicava-se ao processamento de bagaço e produção de energia e em fevereiro de 2016 tinha sido intimada a "adotar as medidas necessárias" ao exercício da sua atividade "sem incumprimentos ambientais".
Após o prazo de 30 dias, o Ministério do Ambiente decidiu que a Centroliva tinha dado cumprimento a todas as determinações constantes no mandado, pelo que manteve o funcionamento da unidade fabril.
Agora, um ano depois, a empresa é encerrada pela CCDRC com base numa ação de fiscalização realizada no dia 07 de março, quando foram efetuadas medições dos efluentes gasosos das duas fontes de emissão da empresa, dedicadas à produção de energia elétrica a partir da combustão de biomassa (bagaço de azeitona, estilha e resíduos florestais) em duas caldeiras.
"Nessa ação de inspeção verificou-se o incumprimento, por parte da empresa, dos valores limite de emissão aplicáveis aos poluentes, partículas, monóxido de carbono e compostos orgânicos", sustentam.
Segundo a CCDRC, a cessação da medida cautelar agora aplicada só poderá ocorrer após verificação de que a situação de perigo grave para o ambiente e qualidade do ar cessou.