Pede-se fim de amálgamas dentárias devido a risco para saúde e ambiente

Em causa, esclarece a associação, está o uso de mercúrio que acarreta riscos para “o ambiente e para a saúde dos pacientes”.

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Ana Lemos
24/10/2016 15:16 ‧ 24/10/2016 por Ana Lemos

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Quercus

A Quercus "alia-se ao Grupo Europeu de ONG’s de Ambiente e de Saúde" para “exigir o fim do uso de amálgamas dentárias na União Europeia” e em virtude de “uma odontologia não poluente, sem efeitos para o ambiente e para a saúde dos pacientes”.

Numa carta, refere a associação, endereçada no passado dia 21 à Comissão de Ambiente do Parlamento Europeu, solicita-se “a adoção de medidas, a curto e médio prazo, que prevejam eliminação progressiva de uso de amálgama dentária até 31 de dezembro de 2022”. Mas também “a proibição do uso de amálgama ‘no tratamento de mulheres, grávidas ou lactantes que se submetem a tratamento de dentes’, por um período de ano após a data de entrada em vigor do Regulamento”.

A associação sustenta que “a União Europeia é o maior consumidor mundial de mercúrio para uso dentário e o maior utilizador de amálgama (90 toneladas/ano)”. Acontece que, acrescenta a Quercus, "este contaminante acaba por ser libertado (...), nas emissões difusas no consultório dentário, dejetos e rejeições de águas residuais, deposições ou incineração de lamas orgânicas, cremação ou enterros, até mesmo o uso de fertilizantes contaminados com mercúrio e a contaminação do solo”.

Além disso, “diversos estudos, recomendações e Convenções apontam para a necessidade de eliminar gradualmente o uso de amálgama dentária em odontologia”, realçando que além de não ser “a solução mais barata do mercado”, “o seu custo atual não reflete as externalidades negativas associadas (impactes ambientais, gestão de resíduos, efluentes), que se fossem consideradas transformava-o num dos produtos mais caros”.

“A adoção de soluções sem mercúrio não implica necessariamente o aumento dos custos de seguros de saúde, na medida em que deverão ser disponibilizados o acesso aos dois sistemas, devendo as comparticipações beneficiarem, de futuro, as soluções livres de mercúrio”, sugere a Quercus.

A apoiar este pedido está, sublinha a associação, a Sociedade Civil e “muitos dentistas” que “preferem usar sistemas sem mercúrio (como dentes de resinas compostas), preferíveis à amálgama – que classificam como a odontologia do Séc. XIX”.

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