Numa carta enviada aos ministérios da Administração Interna e das Finanças, o sindicato que representa a maioria dos comandantes e dos diretores da PSP afirmam que "os últimos concursos de promoção autorizados na PSP" datam de 2014, enquanto, na GNR e nas Forças Armadas, as promoções têm acontecido ao longo dos últimos dois anos.
O presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP), Henrique Figueiredo, disse à agência Lusa que existe "um tratamento discriminatório em relação à GNR", uma vez que nesta força de segurança são feitas "promoções na ordem dos milhares por ano".
"A repetição, até à exaustão, dos argumentos da falta de regulamentação e da falta de autorização das finanças já não nos convence, porque, como referimos, só na PSP é que parece não existir autorização para promover", escreve o sindicato na missiva, enviada também para a direção nacional da Polícia de Segurança Pública.
Segundo o SNOP, mais de uma centena de oficiais aguardam pelas promoções, alguns dos quais há mais de 10 anos.
O Sindicato dos Oficiais adianta também que, nas carreiras de chefe e de agente, "são milhares os polícias que cumprem os requisitos previstos na lei, e que desesperam pela merecida promoção".
O sindicato admite ainda realizar ações de protesto com outras estruturas sindicais caso os concursos de promoção na PSP não sejam autorizados em 2016.
Segundo o sindicato que representa os oficiais da PSP, os atrasos nas promoções afetam uma fatia muito significativa dos cerca de 22 mil efetivos.