Marcelo e Sócrates já se cruzaram. "Fica bem a gratidão"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje que "fica bem gratidão" para com os que contribuíram para obras no país, como o antigo primeiro-ministro José Sócrates, que acabou por cumprimentar, em Trás-os-Montes.
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País Trás-os-Montes
O chefe de Estado e o antigo governante foram convidados pelo presidente da Câmara, o socialista José Marques, para a inauguração oficial do espaço Miguel Torga, em Sabrosa, no distrito de Vila Real.
Os dois acabaram por se cruzar e cumprimentar depois dos discursos oficiais, durante os quais o Presidente da República começou por dizer ao autarca local que "fica-lhe muito bem ter gratidão em relação àqueles que, ao longo do tempo, contribuíram para" que o espaço em memória do escritor transmontano Miguel Torga fosse possível.
Marcelo Rebelo de Sousa já tinha dito antes aos jornalistas que se tivesse oportunidade de cumprimentar José Sócrates o faria, questionando a razão por que "não haveria de registar aquilo que foi o contributo do Governo a que ele presidiu para esta obra".
"Eu acho que as pessoas não podem, nem devem, e o Presidente da República menos que todos, não podem ser facciosos. Ao longo do tempo muita gente contribuiu para certas obras e o reconhecer que contribuíram para certas obras é uma questão de justiça", defendeu.
Marcelo concluiu salientando que "não há que discriminar uns em relação aos outros".
O antigo primeiro-ministro José Sócrates chegou quase em simultâneo com o Presidente da República, afirmando que se associou à inauguração pelo simbolismo da homenagem ao "grande poeta" e pelo reconhecimento da autarquia ao Governo que liderou e ajudou a concretizar o projeto.
A cerimónia oficial de inauguração do Espaço Torga, construído na terra natal do escritor, São Martinho de Anta, ocorreu alguns meses depois de já se encontrar em funcionamento.
O espaço mostra a vida do escritor transmontano que para o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "retratou Portugal como ninguém".
Marcelo lembrou que não foi por acaso que no discurso de posse escolheu o poeta que escreveu: "há dois 'Portugais', o da cultura erudita e o da cultura popular, que é aquele a quem devemos mais", na opinião do presidente.
O chefe de Estado realçou que o que o poeta transmontano escreveu "corresponde muito à visão que o presidente tem do país".
Marcelo Rebelo de Sousa iniciou hoje, no distrito de Vila Real, o segundo "Portugal Próximo" que o vai levar durante dois dias e meio ainda aos distritos de Bragança e da Guarda.
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