Caxias: "A miúda às vezes queixava-se", diz irmão de mãe das meninas

Irmão de Sónia Lima descreveu, esta quarta-feira, às televisões, uma relação abusiva e diz que a tragédia podia ter sido evitada se quando a irmã pediu ajuda "alguém [lhe] tivesse dado a mão".

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Notícias Ao Minuto
17/02/2016 17:08 ‧ 17/02/2016 por Notícias Ao Minuto

País

Violência

O irmão de Sónia Lima, a mulher de 37 anos suspeita de se atirar à água com as duas filhas, em Caxias, fez algumas declarações às televisões esta quarta-feira e deu detalhes da relação entre a irmã e o marido, que Sónia alega ser violento e ter abusado das meninas tendo feito inclusivamente queixa às autoridades.

À pergunta sobre o que terá motivado esta decisão da irmã – alegado suicídio – o homem, que falou de forma anónima, responde que foi “o culminar de muitas situações” citando histórias de violência.

“Contei-lhe aquela história do IC19, [ele] queria matar as miúdas, iam no carro aqui no IC19 aos ziguezagues, [ele dizia-lhe] ‘vais morrer, vais morrer, se eu não fico com as miúdas também não ficas’”, relatou.

O familiar fala depois do momento em que Sónia terá descoberto as agressões sexuais às filhas. “Até ao dia em que ela o encontrou em cima da Samira, da menina, aos beijos. Ou seja, não é um beijo de pai e ela perguntou ‘Oh Nelson o que é que estás a fazer?’, [e ele respondeu] ‘Ah estou a brincar com a menina’. Isto foi no ano passado, foi antes da separação”, descreveu.

Questionado sobre se nunca tinham desconfiado da situação, o irmão responde: “A miúda às vezes queixava-se não é. ‘Dói, dói, dói’. Ela saiu de casa com medo da reação do marido para com ela e para com as filhas [depois desse episódio]”.

O homem refere, ainda, que a tragédia poderia ter sido evitada se “alguém tivesse dado a mão” quando a irmã pediu ajuda.

Recorde-se que Sónia Lima estava internada até esta quarta-feira no Hospital Santa Maria. No entanto, em cumprimento de mandado de detenção emitido pelo Ministério Público, a Polícia Judiciária (PJ) deteve-a "por fortes indícios da prática de dois crimes de homicídio", relativos as duas filhas Samira de 19 meses, e Viviana de quatro anos, na praia da Giribita, Caxias (Oeiras).

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