Os contactos dos utilizadores do portal NetEmprego, do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), já não estão disponíveis para serem visualizados por todas as pessoas e, a partir de agora, apenas pode ter acesso quem estiver inscrito como empresa.
Segundo o Jornal de Notícias, muitos candidatos não tinham selecionado a opção de ocultar os dados pessoais, o que permitiu a uma espécie de 'máfia do Leste' ter acesso aos números de telemóvel dos utilizadores, enviando SMS com falsas ofertas de emprego. O esquema fraudulento afetou um número indefinido de pessoas.
Em declarações ao Jornal de Notícias, o presidente do IEFP, Jorge Gaspar rejeita, porém, a tese de “falhas no sistema” e explica que “os desempregados publicitam os dados que querem, quando querem, da forma que querem”. “Não é o IEFP que o faz, nem pode fazer”, acrescenta.
A polémica em torno do site de procura de emprego surgiu há cerca de uma semana, tendo sido dado o alerta pelo site com nome idêntico – Net-Empregos. Saliente-se que neste particular que o site NetEmpregos nada tem a ver com a situação, tendo-se limitado a denunciá-la. Ontem mesmo, este portal emitiu um esclarecimento, alertando os seus subscritores para o facto de não ter "nenhuma relação com o IEFP e com o portal netemprego.gov.pt. O Net-Empregos é um portal privado criado no ano 2000. O netemprego.gov.pt é um portal que pertence ao Estado e foi criado em 2006 com um nome semelhante ao nosso", pode ler-se.
"Queremos reafirmar que o Net-Empregos é um portal que se preocupa com a proteção dos dados dos seus utilizadores e é dos únicos que valida telefonicamente os registos das empresas e que analisa todas as ofertas antes de as publicar, de forma a garantir a veracidade das ofertas de emprego", é frisado na mesma nota.