Fátima acolhe uma família de refugiados mas pode receber outras

O Santuário de Fátima disponibilizou uma casa para acolher uma família de refugiados e ofereceu-se para, nas suas instalações, instalar transitoriamente outros que cheguem ao país, disse hoje o reitor da instituição.

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Lusa
11/10/2015 09:39 ‧ 11/10/2015 por Lusa

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"O santuário tem concretamente uma casa em vista (...), que pode acolher uma família com alguns elementos", afirmou o padre Carlos Cabecinhas, referindo, sem precisar, que a habitação se situa na Cova da Iria.

Segundo o sacerdote, a casa pode acolher de forma estável e prolongada "uma família um pouco mais alargada" e não, necessariamente, até quatro pessoas.

À família que vai acolher, o santuário propõe-se dar condições de alojamento e vai estudar "todo o contributo" que pode dar ao nível da integração, embora neste âmbito o reitor entenda que tal "dependerá de outras instituições".

"Não nos pomos de forma alguma de fora, estamos disponíveis a colaborar, a dar o nosso contributo. Não queremos ser impositivos em qualquer perspetiva de inserção destes refugiados", garantiu o padre Carlos Cabecinhas.

A instituição, que na segunda e na terça-feira acolhe mais uma peregrinação internacional aniversária, a última grande celebração do ano, está igualmente disponível para, "no momento de transição entre a chegada de refugiados e a colocação em alojamento permanente", ceder as suas estruturas para acolhimento temporário.

"A este nível estaremos sempre limitados por aquilo que é a nossa capacidade de acolhimento, mas por outro lado disponíveis para acolher aquilo que forem as necessidades que venham ao nosso encontro", declarou o reitor do santuário.

O responsável referiu que o espaço São Bento Labre, nas imediações do santuário, "transitoriamente é um dos lugares possíveis, porque é um dos lugares de acolhimento" do templo.

Neste caso, não se trata do acolhimento de longa duração "porque o santuário precisa de instalações para acolher peregrinos", esclareceu o padre Carlos Cabecinhas, reiterando que pode dispor das suas instalações para num "período de transição" acolher refugiados até haver uma colocação definitiva.

"A nossa capacidade é relativamente grande, com alguma flexibilidade, mas a esse nível estamos dependentes daquilo que forem as necessidades que surgirem", acrescentou o sacerdote.

Além do santuário, uma congregação religiosa de Fátima informou a Cáritas de Leiria-Fátima, entidade coordenadora do trabalho de acolhimento de refugiados na diocese, da cedência de uma casa que pode acolher uma família numerosa, até 15 pessoas.

"Há uma paróquia que disponibiliza dois apartamentos para instalar igual número de famílias, tendo outras paróquias da diocese manifestado também interesse em acolher refugiados", afirmou à Lusa fonte da Cáritas Diocesana, adiantando que "há particulares que têm feito donativos para esta causa e procedido à entrega de bens".

"Neste momento, estamos à espera de que haja indicações sobre o número de famílias que possam vir para a região para acelerar este processo", acrescentou.

No final de setembro, o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, anunciou a chegada de 30 refugiados, que se encontram em Itália, durante a primeira quinzena deste mês.

No total, o país deverá receber 4.500 pessoas e 70 milhões de euros até 2020 em fundos comunitários para receber e integrar refugiados e migrantes.

 

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