Funcionário de escola de Santarém detido por abuso de menina de 7 anos

Jovem, de 22 anos, trabalhava no estabelecimento de ensino há cinco meses e exercia também uma atividade ligada ao desporto, onde mantinha contactos com outras crianças. Crime terá sido "parcialmente" testemunhado por outros menores.

algemas, preso, detido

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Natacha Nunes Costa
20/06/2025 10:49 ‧ há 3 horas por Natacha Nunes Costa

País

Pedofilia

Um homem de 22 anos foi detido, em Santarém, por suspeitas de abusar sexualmente de uma criança de sete anos, numa escola do distrito, onde trabalhava há cinco meses, revelou a Polícia Judiciária (PJ), esta sexta-feira, num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.

 

De acordo com os inspetores, o crime ocorreu no passado dia 16 de junho, no decurso de uma atividade extracurricular, tendo a vítima sido constrangida a atos sexuais, que foram "parcialmente testemunhados por outras crianças".

Quando chegou a casa a menina revelou o que tinha acontecido à família que, por sua vez, se dirigiu à Guarda Nacional Republicana (GNR) para apresentar uma denúncia.

A PJ foi de imeditato ativada, vindo o suspeito a ser detido no mesmo dia.

O detido, que também exercia uma atividade ligada ao desporto e mantinha contactos com outras crianças, já foi, entretanto, presente a primeiro interrogatório judicial, tendo ficado sujeito a várias medidas de coação, entre elas: proibição de contacto com a vítima, proibição de funções que impliquem contactos com menores, proibição de contactos com crianças menores de 15 anos e obrigação de alteração do concelho de residência.

Professor de artes marciais detido no Porto por abuso sexual de menina

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Criança sentiu-se invadida na sua intimidade e relatou o crime aos pais.

Notícias ao Minuto | 11:57 - 18/06/2025

Recorde-se que, de acordo com a Human Rights Channel do Conselho da Europa, uma em cada cinco crianças é vítima de violência sexual no continente europeu.

Estas agressões vão desde contactos físicos inapropriados ao assédio sexual, ou mesmo à violação e à exploração para fins de prostituição e pornografia.

Em Portugal, de acordo com o  assistente social e mediador familiar Jorge Neo Costa, do Grupo VITA "de uma forma geral, considera-se que podemos não estar perante um aumento do número de crimes sexuais cometidos contra crianças, mas sim a uma maior sensibilização e consciencialização da sociedade em relação ao tema".

"O facto de a comunicação social estar também cada vez mais atenta a esta problemática tem contribuído para que esta seja mais falada, contrariando o segredo e o silêncio que a caracterizam. Neste contexto, importa pensar sobre o que está realmente a ser feito no nosso país para prevenir as situações de violência sexual, que acompanhamento garante às vítimas e às suas famílias e, ainda, que intervenção existe com as pessoas que cometeram estes abusos ou pensam vir a cometer", disse Jorge Neo Costa, recentemente, em entrevista ao Notícias ao Minuto, no âmbito do lançamento do livro  'Podes Falar Comigo', que escreveu em parceria com o psicóloga e terapeuta familiar Rute Agulhas, também membro do grupo VITA - grupo de acompanhamento das situações de violência sexual contra crianças  e adultos vulneráveis no contexto da Igreja Católica em Portugal.

"A mediatização dos abusos na Igreja incentivou denúncia de outros casos"

Rute Agulhas e Jorge Neo Costa são os entrevistados de hoje do Vozes ao Minuto. A psicóloga e o assistente social, que fazem parte do Grupo VITA, acabam de lançar 'Podes Falar Comigo', um livro sobre a violência sexual contra crianças.

Natacha Nunes Costa | 08:03 - 20/02/2025

Neste livro, os profissionais revelaram que tipo de comportamentos a que os educadores e cuidadores devem estar atentos. Indicam também que crianças e jovens podem, eventualmente, ser mais propensos a este tipo de crimes. Mas não só.

Rute Agulhas e Jorge Neo Costa deixaram vários alertas. É essencial estar informado sobre o tema, "investir no conhecimento", e abordar esta problemática junto dos mais novos, "sem tabu". Porque falar de abusos sexuais, "não é falar de sexo", nem apenas dizer às crianças que não devem falar com estranhos. "É preciso dizer que podem sentir-se desconfortáveis com alguém que conheçam", uma vez que "a maior parte das situações de violência sexual ocorre no contexto intrafamiliar".

Leia Também: PJ detém último influencer suspeito de violação de menor em Loures

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