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Detido por incêndio florestal em Tondela. Fogo foi ateado com maçarico

Suspeito, de 61 anos, foi detido em Tondela e vai responder pelo crime de incêndio florestal. PJ recorda que chamas foram ateadas num dia em que havia "risco muito elevado de incêndio".

Detido por incêndio florestal em Tondela. Fogo foi ateado com maçarico

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Notícias ao Minuto
20/06/2025 12:15 ‧ há 2 meses por Notícias ao Minuto

Um homem de 61 anos foi detido pelo crime de incêndio florestal, em Tondela, revelou a Polícia Judiciária (PJ), esta sexta-feira, num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.

 

De acordo com os inspetores, o crime ocorreu no passado dia 16 de junho, precisamente, na zona de Tondela.

O suspeito, com recurso a um pequeno maçarico, "provocou um incêndio num eucaliptal, inserido numa zona com vasta mancha florestal, e confinante com zonas urbanas", que só não adquiriu proporções mais gravosas, segundo a PJ, "pela rápida intervenção dos Bombeiros Voluntários de Tondela e Cabanas de Viriato".

Realçam ainda os inspetores que, nesse dia, "verificavam-se condições de risco muito elevadas de incêndio, com temperaturas a rondar os 40ºC e baixa humidade relativa, propícias a causar um incêndio de grandes dimensões".

O homem vai ser agora presente ao Tribunal Judicial de Viseu, a primeiro interrogatório judicial, para aplicação das medidas de coação tidas como adequadas.

Reforço de prevenção e cooperação

Portugal tem apresentado uma evolução significativa na luta contra os incêndios florestais, nos últimos anos, principalmente, após o devastador ano de 2017.

O país reforçou a cooperação, a prevenção e a investigação de forma multidisciplinar, uma estratégia que tem produzido resultados positivos e contribuído para uma redução significativa das ocorrências não investigadas.

Entre 2001 e 2017, 57% dos incêndios escaparam à investigação, mas nos últimos cinco anos, apenas 8,06% das ocorrências ficaram por apurar, segundo dados da Polícia Judiciária (PJ).

Uma das estratégias adotadas para combater os incêndios foi o reforço da videovigilância e a monitorização do território, por parte da Guarda Nacional Republicana (GNR).

Muitos dos incendiários "têm problemas de saúde mental e abuso de substâncias"

Os perfis dos incendiários em Portugal são variados, mas estudos revelam que muitos deles têm historial de problemas de saúde mental e abuso de substâncias. 

A maioria é do sexo masculino, motivada por raiva, vingança ou problemas familiares. Além disso, 61% dos incendiários rurais estudados apresentam problemas de saúde mental e alcoolismo, segundo um estudo recente da investigadora e psicóloga forense Cristina Soeiro.

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Oitenta postos de vigia e mais de 140 câmaras de vigilância florestal foram ativados para prevenir e detetar incêndios, no âmbito da Campanha Floresta Segura, disse hoje a GNR, que já deteve 18 alegados incendiários.

Lusa | 09:14 - 10/05/2025

O verão é o período mais crítico para a ocorrência de incêndios, com as condições meteorológicas extremas a favorecerem a propagação das chamas.

No entanto, o número total de ignições diminuiu significativamente, e, em 2023, registaram-se 7.523 incêndios rurais, o valor mais baixo desde 2001.

Recorde-se que cerca de 50 concelhos de Faro, Bragança, Guarda, Vila Real, Viseu, Coimbra, Castelo Branco e Portalegre estão hoje em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O IPMA colocou também vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental em perigo muito elevado e elevado de incêndio.

De acordo com os cálculos do instituto, o perigo de incêndio vai manter-se elevado em alguns distritos, pelo menos, até ao fim de semana.

Leia Também: PS considera inaceitável falta de meios aéreos no Baixo Alentejo

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