Assegurados serviços mínimos para greves da Carris e Metro
O tribunal arbitral do Conselho Económico e Social decretou hoje serviços mínimos para as greves de sexta-feira dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa e da rodoviária Carris.
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País Carris
A decisão, divulgada no 'site' daquele organismo, prevê que "no período entre as 07:00 e as 21:00 devem ser asseguradas, em todas as estações e por cada período de uma hora de funcionamento, 25% das composições habitualmente afetas ao transporte de passageiros".
Já no caso da Carris, o tribunal arbitral decidiu como serviços mínimos o "funcionamento do transporte exclusivo de cidadãos portadores de deficiência de acordo com o regime normal em vigor", bem como o "funcionamento das carreiras 703 [Charneca do Lumiar-bairro de Santa Cruz] e 751 [Linda-a-Velha-Estação de Campolide]".
A Lusa contactou a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), que remeteu declarações para quarta-feira.
Já em novembro, o tribunal arbitral decretou, para uma greve do Metro, que deveria ser assegurada a circulação de um quarto das composições que habitualmente transportam passageiros.
Na altura, a Fectrans decidiu manter a greve, mas aconselhou os trabalhadores a cumprirem o horário de trabalho de modo a garantirem a segurança dos utentes daquele transporte público.
Refutando então "a decisão política do tribunal arbitral", a sindicalista Anabela Carvalheira argumentou que o metro "não tem condições de segurança para circular sem ser no pleno das suas funções".
Anabela Carvalheira exemplificou que no caso da Linha Vermelha (que liga o Aeroporto a São Sebastião) "tal significa que haveria um comboio a circular para cima e outro para baixo".
"Quando há um atraso ou uma avaria na circulação e temos 15 ou 20 minutos sem comboios, as estações enchem-se", indicou, para explicar que com 25% dos comboios a circular seria "muito pior".
Os trabalhadores do Metro de Lisboa e da rodoviária Carris marcaram greves de 24 horas para sexta-feira, contra a subconcessão das empresas, que está em concurso.
O Governo já anunciou também a intenção de concessionar a privados o serviço de transportes fluviais no Tejo da Transtejo e da Soflusa.
Os trabalhadores da Carris, do Metropolitano de Lisboa, da Transtejo e da Soflusa realizam a 22 de abril, em Lisboa, uma marcha "contra a privatização" daquelas quatro empresas de transportes, foi hoje anunciado.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes emitiu entretanto um comunicado referindo que a decisão do tribunal arbitral "veio ao encontro de parte da argumentação" apresentada por este organismo hoje de manhã e dizendo que irá manter a greve na Carris.
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