Ex-emigrante aposta em roulotte de pizzas

Uma roulotte de pizzas feitas na hora percorre há quase dois anos várias aldeias da serra algarvia, um projeto que Sérgio Coelho concebeu para poder regressar a Portugal depois de vários anos a trabalhar em França.

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Lusa
20/01/2015 10:54 ‧ 20/01/2015 por Lusa

País

Faro

Não se tratando de um produto típico da serra algarvia e dada a população dispersa, Sérgio Coelho considera que a roulotte é uma opção interessante porque permite ir ao encontro dos clientes e não ficar à espera que os clientes entrem num restaurante.

A ideia surgiu em França, contou à Lusa o empresário, de 36 anos, explicando que, naquele país, as roulottes de pizzas nas aldeias são tão comuns que até é difícil encontrar locais onde estacionar.

"Lá é muito difícil encontrar lugares [de estacionamento] nas aldeias, junto a cafés, porque há muita gente a fazer isso", comentou, observando que, em maio de 2013, começou a trabalhar na aldeia de Benafim, concelho de Loulé, uma noite por semana.

Atualmente, reserva quatro noites por semana para percorrer as aldeias de Santa Margarida, Tôr e Benafim, no concelho de Loulé, e Portela de Messines, no concelho de Silves.

"Eu não vendo bebidas [perto dos cafés]. As pessoas encomendam a pizza, acabam por comer aqui e pedir um café e isso também ajuda a trabalhar o café", explicou o empresário.

Os clientes já sabem o dia em que a ‘Pizza da Serra’ está na aldeia, sempre junto a um café com quem Sérgio Coelho estabelece parceria.

"É diferente e essencial para trazer alguma novidade e desenvolvimento à zona e, como a falta de emprego é um dos problemas do interior, penso que ele [Sérgio Coelho] descobriu uma solução fantástica" considerou António Martins, de 50 anos, enquanto encomendava uma pizza.

Durante o verão, a "Pizza da Serra" participa ainda em feiras, mercados e outros eventos que ocorrem em vários pontos do Algarve durante os fins de semana, mas a grande meta de Sérgio Coelho é conseguir maior rentabilidade durante a época baixa.

Caso não consiga atingir esse objetivo, o empresário não coloca de parte a hipótese de fazer temporadas em França como padeiro, até porque criou uma massa própria preparada com massa lêveda e sem fermento para marcar a diferença.

Sublinhando que a aposta na qualidade do produto é vital, Sérgio Coelho lembrou que os clientes não são muitos e é preciso mantê-los.

Colocar o projeto em marcha em Portugal não foi fácil e Sérgio Coelho, que trouxe de França uma roulotte já adaptada e legalizada, teve de esperar para poder abrir o negócio.

"Lá, para legalizar [o negócio] demora-se 15 minutos, cá demorou dois meses", contou sem esconder a surpresa que teve ao perceber que, apesar de trabalhar no espaço da União Europeia, as fiscalizações feitas em França não eram válidas em Portugal.

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