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Marcha pró-Palestina junta milhares no centro de Lisboa. Eis o vídeo

Uma das maiores manifestações de sempre pró-Palestina em Portugal juntou milhares no centro de Lisboa, pedindo o respeito do cessar-fogo, a paz, a solução de dois Estados e acusações a Israel e aos Estados Unidos.

Marcha pró-Palestina junta milhares no centro de Lisboa. Eis o vídeo Vídeo

© Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina (PUSP)

Lusa
19/10/2025 18:27 ‧ há 5 horas por Lusa

Organizada pela Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina (PUSP), composta pela Amnistia Internacional Portugal, Greenpeace Portugal, Médicos sem Fronteiras e Fundação José Saramago, entre outras organizações da sociedade civil, a barulhenta manifestação pediu solidariedade para um problema que ultrapassa ideologias ou religiões.

 

Jonathan Bebebgui, do movimento Judeus pela Paz, recusa a comparação entre o Estado israelita com a religião que professa.

"Faço parte de um grupo, somos judeus, antissionistas, e solidarizamo-nos com a Palestina, mas acho que as pessoas já compreendem que isto não é sobre antissemitismo", como têm argumentado as autoridades de Telavive.

A ocupação da Palestina é um ato "de colonialismo" e, "apesar do genocídio que tem acontecido, é bom ver uma reação global no mundo inteiro e acreditamos que isto vai continuar até Palestina a ser livre", acrescentou.

A presença de tanta gente na manifestação, incluindo muitos cidadãos que nunca se associaram a ações deste tipo, mostra a solidariedade do povo português, considerou.

"Esta iniciativa é importante porque o mundo deve manter os olhos na Palestina e, agora que se chegou a um cessar-fogo, nós queremos deixar claro que um cessar-fogo não basta, que somos contra a ocupação, contra os colonatos, contra a opressão do povo palestiniano e que só haverá paz quando a ocupação da Palestina acabar", afirmou Jonathan

João Antunes, da organização não-governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras que faz parte da organização da manifestação, saudou a forte adesão dos portugueses à iniciativa.

O "cessar-fogo ainda é muito precário" e há "muita instabilidade ainda no território", a que se somam os constrangimentos impostos por Israel.

"Tínhamos quatro camiões e só deixaram entrar dois", exemplificou o dirigente, defendendo que a "ajuda humanitária entre sem restrições", porque o "sofrimento das pessoas ainda não terminou".

"Nós estamos no território desde o início" e "as dificuldades para as ONG trabalharem são muitas", admitiu João Antunes.

"Houve uma alegria enorme quando foi o acordo de cessar-fogo, mas as pessoas ainda estão muito temerosas e muito desconfiadas", pelo que deve "haver uma pressão internacional intensa" para que "as coisas melhorem".

Sobre as acusações feitas às ONG, como os Médicos Sem Fronteiras, de estarem ao lado do Hamas, João Antunes admite que essas críticas são injustas.

"Somos uma organização com financiamento privado e estamos ao lado de uma população que não tem nada", acrescentou.

Ao longo da manifestação seguiram dirigentes políticos de esquerda e ativistas conhecidos, mas também estava, anónima, Maria dos Santos, que segurava a faixa da ONG Amnistia Internacional (com os nomes dos subscritores de uma petição pela paz).

"Não sabia disto, nem sequer tenho um lenço da Palestina, mas vi estas pessoas no Rossio e quis estar ao lado delas. Fazer alguma coisa", disse.

"Não sou política, não gosto da política. Mas o que se passa na Palestina é uma vergonha para todos nós", disse a jovem arquiteta.

E é esta pressão da sociedade civil internacional que vai fazer a diferença, disse acreditar Jonathan Bebebgui.

"A lavagem cerebral em Israel é muito grande" e as lideranças políticas do país controlam a opinião pública, considerou o ativista judeu.

"Penso que o que a mudança não pode vir de Israel, tem de ser o mundo, tem de ser a sociedade civil com um boicote, porque [a solução] não vai chegar de dentro de Israel", avisou.

Leia Também: Ativista detido após hastear bandeira da Palestina na Ponte 25 de Abril

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