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Protestos pró-Palestina em Lisboa (e jovem eletrocutado): Que aconteceu?

Durante a tarde de sábado foi realizado um protesto a favor da Palestina e contra as detenções dos ativistas que se encontravam na flotilha humanitária com destino a Gaza. Os manifestantes, que saíram da Praça do Martim Moniz, tomaram a Estação do Rossio e um jovem foi eletrocutado após subir a uma composição.

Protestos pró-Palestina em Lisboa (e jovem eletrocutado): Que aconteceu?

© REUTERS/Pedro Nunes

Notícias ao Minuto
05/10/2025 08:10 ‧ há 1 dia por Notícias ao Minuto

A Estação do Rossio, em Lisboa, foi palco de protestos contra a detenção dos ativistas que faziam parte da Flotilha Global Sumud com destino a Gaza, durante a tarde de sábado, dia 4 de outubro. Alguns dos manifestantes deslocaram-se para o interior da estação, o que condicionou a circulação dos comboios e um jovem acabou por ser eletrocutado quando subiu à parte superior de uma composição.

 

A manifestação, que contou com mais de 3.000 pessoas, começou pelas 15h00, na Praça do Martim Moniz, e tinha como destino final o Rossio - Praça D. Pedro IV.

Já no Rossio, em frente aos portões de acesso aos comboios na estação, os manifestantes gritaram 'Free, free Palestine, stop de genocide', tendo sido requerido pelo chefe dos elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) a presença da Brigada de Intervenção.

"Israel é um estado assassino, viva a luta do povo palestiniano", ouviu-se em uníssono na Estação do Rossio, juntamente com palmas e assobios ao som de tambores, assim como a palavra de ordem "O povo unido jamais será vencido".

Estação do Rossio tomada por manifestantes. Brigada da PSP no local

Estação do Rossio tomada por manifestantes. Brigada da PSP no local

A Estação do Rossio, em Lisboa, foi tomada por manifestantes de apoio a Gaza, e 14 elementos da Brigada de Interveção da PSP perfilaram-se no acesso às plataformas, para evitar a ocupação das linhas de comboio.

Lusa com Notícias ao Minuto | 18:34 - 04/10/2025

"Estava prevista a participação de 500 pessoas e entraram 3.000 pessoas, agora, no final da manifestação. Estou seguro de que esse número foi largamente ultrapassado", disse um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) à Lusa, após a marcha, que chegou ao Rossio às 16h55.

Ainda de acordo com a PSP, "de forma não expectável", os manifestantes dirigiram-se para o interior da estação.

"A PSP, através de Equipas de Intervenção Rápida do Comando Metropolitano de Lisboa e do Corpo de Intervenção na Unidade Especial de Polícia acompanhou e monitorizou a ação de contestação social desde o início e interveio no interior da Estação do Rossio para retirar os manifestantes que entraram naquela zona, impedindo a circulação ferroviária, tendo resolvido esse incidente", explicou um comunicado da PSP.

Jovem de 22 anos eletrocutado após subir comboio

Um jovem de 22 anos, que participava na manifestação, foi eletrocutado quando tentava subir a parte superior de um comboio. A vítima foi transportada para o Hospital de São José - e encontra-se em estado grave.

Jovem eletrocutado após subir comboio em Lisboa está em estado grave

Jovem eletrocutado após subir comboio em Lisboa está em estado grave

O jovem de 22 anos que foi eletrocutado ao subir para a parte superior de uma composição na Estação do Rossio, em Lisboa, encontra-se em estado grave. A vítima foi transportada para o Hospital de São José.

Daniela Filipe | 19:50 - 04/10/2025

Portugueses detidos em Israel "sem comida nem água durante 48 horas"

Recorde-se que, na sexta-feira, Mariana Mortágua fez chegar uma nota à família, na qual detalhava estar numa cela com outras 12 pessoas, "sem comida nem água durante 48 horas".

"Nem sequer sabemos se a Mariana tem noção de há quantas horas está presa. Não sabemos se a deixaram dormir, se não deixaram. Israel não é conhecido por respeitar direitos humanos em prisões, não podemos assumir nada. […] O que sabemos é que Israel deu garantias ao Governo português de que trataria as pessoas com dignidade e não há nenhuma dignidade", denunciou Joana Mortágua - que também participou na manifestação em Lisboa -, em declarações à SIC Notícias.

Mortágua

Mortágua "sem comida nem água durante 48 horas" e "numa cela com 12"

Membros do Bloco de Esquerda revelaram as últimas informações dadas pelo cônsul à família da líder do partido, que seguia na flotilha e foi detida por Israel em águas internacionais.

Tomásia Sousa com Lusa | 18:10 - 03/10/2025

Fonte oficial do Governo assegurou que os quatro portugueses detidos em Israel estão "bem de saúde, apesar das condições difíceis". No entanto, "queixas várias" motivaram um "protesto imediato" da embaixadora portuguesa em Israel.

Helena Paiva, que visitou os ativistas, "pôde confirmar que todos se encontravam bem de saúde, apesar das condições difíceis e duras à chegada ao porto de Ashdod e no centro de detenção", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), numa nota enviada à Lusa.

"Não foram sujeitos a violência física, não obstante queixas várias - queixas estas que levaram a um protesto imediato por parte da embaixadora de Portugal em Israel", complementou o Palácio das Necessidades.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves estão entre os mais de 450 participantes da missão humanitária detidos pelas forças israelitas, que intercetaram entre quarta e quinta-feira as cerca de 50 embarcações que integravam a flotilha.

Houve manifestações em várias cidades do mundo

As manifestações contra a detenção dos ativistas que participavam na flotilha humanitária aconteceram em vários cantos do mundo. Por exemplo, Nova Iorque (Estados Unidos), Madrid, Sevilha, Málaga (Espanha), Roma (Itália) ou em Manchester e Londres (Reino Unido).

Milhares manifestam-se a favor dos palestinianos em todo o mundo

Milhares manifestam-se a favor dos palestinianos em todo o mundo

Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em todo o mundo pela Palestina, com Barcelona a mobilizar mais de 70 mil pessoas e Roma "dezenas de milhares", com outras manifestações ainda previstas ou em curso em Nova Iorque e Madrid.

 Lusa | 19:47 - 04/10/2025

Leia Também: Flotilha acusa Israel: "Falta de acesso a água e medicamentos retirados"

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