"Adultização não é maturidade. É risco". Os alertas e conselhos da PSP

Segundo alerta a PSP, a "pressão para parecer 'mais velho' aumenta a vulnerabilidade" e "criam-se fragilidades na autoestima, identidade e segurança". Fique a par dos conselhos dirigidos aos pais.

PSP, Polícia de Segurança Pública,

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Notícias ao Minuto
25/08/2025 17:38 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

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A palavra "adultização" - a exposição de crianças ou adolescentes a comportamentos adultos - tem feito correr tinta ao longo das últimas semanas, sobretudo após vídeo do 'youtuber' brasileiro Felca, que alertou para vários casos onde menores se comportam como adultos para visualizações nas redes sociais. A Polícia de Segurança Pública (PSP) não ficou indiferente e divulgou uma série de alertas e conselhos para os pais.

 

"Cada vez mais cedo, crianças e adolescentes são pressionados a comportar-se ou expor-se como adultos, na forma de vestir, comunicar ou na sexualização precoce. Este fenómeno chama-se 'adultização' e pode envolver sérios riscos para a sua segurança e bem-estar", lê-se numa nota nas redes sociais.

Segundo alerta a força de segurança, a adultização "expõe os mais novos a riscos para os quais não estão preparados", uma vez que "quando uma criança ou adolescente é tratada ou se comporta como adulto antes do tempo, não está preparada para lidar com as consequências".

Os menores, alerta a PSP, "não têm maturidade emocional ou psicológica para gerir situações do mundo adulto".

Além disso, a "pressão para parecer 'mais velho' aumenta a vulnerabilidade" e "criam-se fragilidades na autoestima, identidade e segurança".

Estes comportamentos levam a uma "maior exposição a exploração sexual e aliciamento online", a "vulnerabilidade a manipulações emocionais ou financeiras ou à divulgação não consentida de imagens" e a "maior suscetibilidade ao bullying, cyberbullying ou violência".

A adultização está relacionada também com o uso de redes sociais, onde "muitos jovens expõem-se como adultos", com "conteúdo sugestivo, linguagem adulta e desafios perigosos".

"Essa exposição é muitas vezes resultado da pressão social, da influência de personalidades e influenciadores, da necessidade de 'likes' e aprovação dos pares e da comparação constante com padrões irreais", alerta a PSP.

Esta exposição "abre portas a criminosos e predadores sexuais", aumenta o risco de os menores serem "vítimas de crimes, como exploração sexual, cyberbullying, grooming e divulgação não consentida de imagens".

Fragiliza também a "autoestima e identificação pessoal" e leva à "normalização de comportamentos de riso", como "violência, consumo e sexualização precoce".

Neste sentido, a PSP deixa os seguintes conselhos aos pais:

  • Saber que redes sociais e aplicações os filhos usam e o que publicam;
  • Definir horários de uso de telemóveis, limites de partilha e privacidade online;
  • Falar abertamente sobre a segurança digital, autoestima e pressão dos colegas;
  • Explicar que cada fase da vida tem o seu valor e que não há pressa em "parecer adulto",
  • Adotar comportamentos saudáveis no uso das redes e na exposição da imagem;
  • Incentivar talentos, hobbies e amizades saudáveis para reduzir a procura de validação online.

"Adultização não é maturidade. É risco. Proteja a infância, proteja o futuro", frisa a PSP.

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YouTuber brasileiro denunciou num vídeo na semana passada vários conteúdos nas redes sociais que expõem de forma indevida crianças e jovens. O seu vídeo, visto por 35 milhões de pessoas, já gerou ação.

Andrea Pinto | 10:47 - 13/08/2025

Leia Também: Homem detido por ameaçar matar Felca. Vendia material infantil online

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