Em declarações à Lusa, o comandante sub-regional de Trás-os-Montes da Proteção Civil, Noel Afonso, indicou que o fogo tem esta noite "três frentes ativas", uma em Macedinho, concelho de Vila Flor, também no distrito de Bragança, onde já estão posicionados operacionais para fazer o combate às chamas, e outras duas em Freixeda e em Marmelos, já no concelho Mirandela.
Segundo o comandante, a situação mais preocupante é na aldeia de Macedinho, uma vez que há habitações que poderão estar em perigo.
O fogo deflagrou pelas 16:00 de domingo no município de Mirandela, atingindo mato junto às aldeias de Frechas, São Pedro de Vale do Conde e Valverde da Gestosa. Pelas 23:00, entrou no concelho vizinho, Vila Flor.
De acordo com as informações disponíveis na página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 00:10 o fogo mobilizava 128 operacionais, apoiados por 42 viaturas.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração do estado de alerta desde 02 de agosto.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar, na segunda-feira, dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.
Segundo dados oficiais provisórios, até 17 de agosto arderam 172 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.
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