A autarquia algarvia recordou, num comunicado, que o presidente da Câmara de Albufeira, José Carlos Rolo, fez o pedido de reforço à titular da pasta da Administração Interna, num encontro realizado na terça-feira, e agora a ministra, Maria Lúcia Amaral, autorizou o destacamento de 40 militares, destinado a incrementar a segurança num dos principais destinos turísticos do país.
A segurança em Albufeira tem estado em foco nas últimas semanas, com o registo de desacatos provocados por turistas, embora a autarquia rejeite haver um aumento da criminalidade no concelho, por considerar que os dados estatísticos de crimes por número de habitantes não refletem o aumento de população, que no verão chega a quadruplicar no concelho devido aos visitantes.
"[O] Governo responde positivamente ao pedido do presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, reforçando com 40 novos militares da GNR e vários equipamentos de apoio, nomeadamente motos e outros veículos, bem como o recurso a cavalos para patrulhamento", informou a autarquia, esclarecendo que este reforço vai estar "operacional" e "entrar em atividade" durante esta semana.
A Câmara algarvia destacou a importância da "sensibilização" e do "apelo" feitos por José Carlos Rolo junto da ministra da Administração Interna.
"O entendimento da necessidade de proteger, em qualquer circunstância, o segundo maior destino turístico nacional no seu pico de receção de visitantes, situação explicada à ministra da Administração Interna, conduziu a este reforço que irá aumentar fortemente a segurança na região", argumentou a Câmara, no distrito de Faro.
O presidente do executivo municipal, citado no comunicado, reiterou que a taxa de criminalidade atribuída a Albufeira está a ser "divulgada de forma alarmista" e "é falsa", porque não tem em conta o número real de pessoas que estão na região.
A criminalidade em Albufeira voltou à ordem do dia na quinta-feira passada, depois de a GNR ter anunciado a detenção de um grupo de cinco jovens de 17 anos por roubo e agressões violentas a um outro jovem, de 18 anos, registadas cerca de uma semana antes na cidade.
Os jovens foram presentes em tribunal na sexta-feira e ficaram sujeitos a apresentações quinzenais às autoridades como medida de coação, informou a GNR após a inquirição dos detidos, que ficaram também proibidos de se deslocar ao concelho e de se ausentar das respetivas áreas de residência, como medidas adicionais aplicadas pelo tribunal de Portimão.
Apesar de rejeitar haver um aumento da criminalidade, a autarquia considera que o aumento da população incrementa o risco de desacatos, muitas vezes influenciados pelo consumo excessivo de álcool, e o reforço policial contribui para minimizar o sentimento de insegurança na população e responder de forma mais eficaz a eventuais ocorrências.
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