Loures explica despejo de mãe e garante: Foi disponibilizado acolhimento

Uma mulher que tinha deixado a sua bebé de um ano na creche, em Loures, distrito de Lisboa, voltou a casa e deparou-se com as portas fechadas pela câmara. Agora, a autarquia explica o que levou à sua decisão.

Câmara Municipal de Loures

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Teresa Banha com Maria Gouveia
10/07/2025 15:41 ‧ há 8 horas por Teresa Banha com Maria Gouveia

País

Loures

A Câmara Municipal de Loures prestou esclarecimentos acerca do caso da mãe que, na quarta-feira, foi levar o seu bebé à creche e, quando regressou, as portas de casa, na Quinta do Mocho, estavam fechadas.

 

Em resposta a um pedido de esclarecimento pedido pelo Notícias ao Minuto, a autarquia aponta que a decisão de fechar as portas teve como "fundamento vários incumprimentos."

Em causa estiveram "uma dívida acumulada de rendas superior a 6.000 euros", assim como a situação em que esta mulher "não integra o agregado familiar autorizado a residir na habitação."

"No momento da ação foi identificado no local o próprio arrendatário, que confirmou residir atualmente no estrangeiro, o que configura um caso de ausência de residência efetiva e cedência não autorizada do locado a terceiros", detalha a câmara municipal.

Na nota de esclarecimento é acrescentado que "apesar de não ter sido submetida qualquer candidatura no âmbito do Plano Extraordinário de Regularização de Ocupações sem Título de Habitações Municipais, a Câmara Municipal de Loures disponibilizou uma proposta de acolhimento temporário em pensão para a mãe e a filha bebé, que foi rejeitada."

A este respeito, o executivo municipal esclarece também que foram disponibilizadas "alternativas habitacionais no mercado de arrendamento, com possibilidade de apoio financeiro à caução e à primeira renda."

A situação foi denunciada ao Notícias ao Minuto por uma trabalhadora da creche local que a bebé de um ano frequenta.

Após regressar a casa e se deparar com a casa fechada, a mulher voltou ao estabelecimento "a chorar", e que a ação tinha sido levada a cabo pela câmara do município.

A funcionária revelou ainda que situações de despejos acontecem "todas as semanas". "Chegam, trancam a porta com os pertences dentro e as pessoas não podem fazer nada", acrescentou.

Disse ainda que "dezenas de casas" são "fechadas, onde colocam um portão de ferro", notando também que "muitas vezes são pessoas com a renda em dia."

Câmara de Loures nega

Câmara de Loures nega "despejos diários" no bairro da Quinta do Mocho

A Câmara de Loures garante que "não estão a ocorrer despejos em massa, nem existe qualquer programa de despejos diários" no bairro de habitação municipal da Quinta do Mocho, como denunciou na quinta-feira o movimento Vida Justa.

Lusa | 14:49 - 20/06/2025

De recordar que, no mês passado, o movimento Vida Justa denunciou que tinha sido dada uma ordem de despejo a 200 famílias no bairro de habitação municipal da Quinta do Mocho, referindo que estava a acontecer "despejos diários".

Em comunicado, o Vida Justa referiu que "uma parte significativa das pessoas despejadas na Quinta do Mocho, ou com ordem de despejo, não se encontra na situação" de incumprimento.

Vida Justa denuncia ordem de despejo a 200 famílias na Quinta do Mocho

Vida Justa denuncia ordem de despejo a 200 famílias na Quinta do Mocho

O movimento Vida Justa denunciou hoje que foi dada ordem de despejo a 200 famílias no bairro de habitação municipal da Quinta do Mocho, no concelho de Loures, onde "estão a acontecer despejos diários" desde a semana passada.

Lusa | 17:38 - 19/06/2025

Em resposta à denúncia do Vida Justa, a Câmara Municipal de Loures negou as afirmações, falando em "falsidades, omissões e erros" sobre alegadas ordens de despejo na Quinta do Mocho. Defenderam que, do total de 615 procedimentos de despejo planeados para todo o concelho, 269 ocorrem entre moradores da Urbanização Terraços da Ponte (anteriormente Quinta do Mocho).

Leia Também: Câmara de Loures nega "despejos diários" no bairro da Quinta do Mocho

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