O Juízo Central Criminal de Loures, condenou quatro jovens pela prática, em coautoria, de um crime de ofensa à integridade física qualificada, nas penas de prisão de três anos anos e três meses e de três anos e seis meses de prisão efetiva, foi esta segunda-feira anunciado.
Segundo uma nota da Procuradoria da República da Comarca de Lisboa Norte, o acórdão foi proferido em 30 de maio de 2025.
À data dos factos, ocorridos na tarde de 16 de fevereiro de 2022, os jovens tinham idades compreendidas entre os 17 e os 22 anos.
O crime ocorreu em "plena luz do dia, junto a uma paragem de autocarros de Loures e diante de várias pessoas, incluindo menores que estavam a terminar as aulas e regressavam a casa".
O Tribunal deu como provado que "enquanto um dos arguidos permanecia no interior de uma viatura, os restantes três, com o rosto coberto e empunhando cada um deles uma faca, com cabos de plástico e lâminas entre os 7 a 10 cm de lâmina, abordaram a vítima, na altura, com 21 anos, quando esta se preparava para entrar num autocarro".
Após "deferirem murros nas costas do ofendido, pelo menos um dos três arguidos, fazendo uso da faca que empunhava, golpeou, por duas vezes, o corpo da vítima, causando um corte no lado direito do peito e determinando que a mesmo caísse ao chão".
Nesse momento, os três arguidos "afastaram-se mas, ao ver que o ofendido tentava encetar fuga, um deles ainda iniciou uma perseguição que só cessou quando avistou um agente" da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Jovem esfaqueado no tórax em Loures. Trio de suspeitos já foi capturado
Vítima foi encaminhada para o Hospital de Santa Maria e encontra-se fora de perigo.
Catarina Correia Rocha | 15:59 - 16/02/2022"Desconhece-se a motivação desta atuação, em grupo e antecedida de planeamento, tendo a vítima avançado que poderá ter ficado a dever-se ao facto de ter partilhado, num grupo de amigos, uma canção em que, em tom de brincadeira, mencionava a alcunha de um dos quatro arguidos, música que, sem a sua autorização, foi posteriormente divulgada no YouTube", refere a mesma nota.
O inquérito que esteve na origem da condenação foi dirigido pelo Ministério Público - DIAP de Loures, com a coadjuvação da PSP.
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