Ivete Lopes fez 108 anos. Foi das primeiras a estudar Medicina em Coimbra

O filho assinalou que, "com 105 anos, mexia-se, falava e recordava factos com nitidez".

Ivete Lopes

© Mário Santos / CM Maia

Notícias ao Minuto
16/06/2025 09:48 ‧ há 6 horas por Notícias ao Minuto

País

Maia

Ivete do Céu Lopes assinalou, na passada quinta-feira, 108 anos de vida. A centenária, que celebrou o marco na Residência Sénior onde vive, em Vila Nova da Telha, esteve na companhia não só de familiares e colaboradores da instituição, mas também do presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago.

 

Natural de Mogadouro, Ivete Lopes foi uma das primeiras mulheres a estudar Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, tendo sido, inclusive, aluna de Egas Moniz, de acordo com um comunicado da autarquia.

“Após terminar o curso, começou a exercer em Mogadouro, onde trabalhou ao lado de um médico mais velho, e desde cedo se destacou pelo seu espírito de missão e proximidade com os doentes. Na década de 1950, conheceu o marido, natural da Bairrada, na altura delegado do Ministério Público. Terá sido durante uma autópsia em que foi chamada a participar. Abandonou a profissão para acompanhar o marido que, enquanto juiz, foi passando por várias cidades do país. O casal acabaria por fixar residência no Porto, onde criaram os filhos e construíram uma vida familiar sólida e dedicada ao serviço público”, complementou a nota.

O filho, Augusto Vítor Fernandes, assegurou que a mãe “foi sempre uma mulher muito saudável, muito lúcida, com uma memória impressionante”, e exerceu até integrar os serviços médicos sociais, no Centro de Saúde do Carvalhido.

“Tinha uma relação próxima com os pacientes e nunca deixou de mostrar interesse pela vida, pela medicina e pelas pessoas”, disse.

O familiar assinalou ainda que, “com 105 anos, mexia-se, falava e recordava factos com nitidez”.

Ivete Lopes foi também exaltada “pela sua independência de espírito” e por ter sido "uma mãe, avó e bisavó dedicada".

“Muitos dos seus descendentes seguiram a vocação médica, mantendo vivo o seu legado de serviço e cuidado ao próximo”, apontou a autarquia.

O presidente da Câmara ofereceu-lhe um ramo de flores, como “gesto de reconhecimento por uma vida cheia de significado, marcada pela generosidade, pelo saber e pelo exemplo”.

“António Silva Tiago congratula-se com esta longevidade feliz e ativa, sublinhando a importância de preservar e valorizar a memória viva das suas cidadãs mais notáveis”, rematou a autarquia.

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