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Bastonário desmente preço de fármaco apresentado por ministro

O Ministério da Saúde apresenta hoje em Milão uma proposta para definir um preço máximo do Sofosbuvir, medicamento para tratamento da Hepatite C, e que, segundo Paulo Macedo, custa 48 mil euros. Mas o bastonário da Ordem dos Médicos e o presidente do Infarmed asseguram que esse valor já foi revisto em baixa, para os 42 mil euros, apesar de reconhecerem que se mantém elevado.

Bastonário desmente preço de fármaco apresentado por ministro
Notícias ao Minuto

14:48 - 22/09/14 por Notícias Ao Minuto

País Hepatite C

No dia em que o ministro da Saúde está em Milão para apresentar uma proposta de fixação do preço do Sofosbuvir em 4.151 euros, cerca de 11 vezes menos do que o valor da primeira proposta apresentada pela farmacêutica americana, que comercializa este fármaco para a Hepatite C (48 mil euros), é desmentido.

Na antena da rádio TSF, o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, revela que a indústria farmacêutica já cortou o valor do remédio. A mesma tese é sustentada pelo presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves, acrescentando que apesar da revisão em baixa do valor do medicamento, o preço continua inaceitável.

O custo do Sofosbuvir é, sublinha o Infarmed, uma barreira significativa no acesso ao tratamento dos doentes a nível europeu, pelo que “é necessário encontrar um preço justo e comportável para os sistemas de saúde europeus. Neste sentido, é imprescindível delinear uma estratégia europeia comum que inclua um processo de negociação conjunto com a indústria farmacêutica”.

Refira-se que, considerando o preço estabelecido para o medicamento no Egito (cerca de 700 euros) e o respetivo PIB (5,93 vezes mais baixo que o PIB da Zona Euro), Portugal propõe hoje em Milão a constituição de uma aliança conjunta dos Estados-membros para a definição de um preço máximo por tratamento 5,93 vezes superior ao preço proposto no Egito.

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