Bastonário desmente preço de fármaco apresentado por ministro
O Ministério da Saúde apresenta hoje em Milão uma proposta para definir um preço máximo do Sofosbuvir, medicamento para tratamento da Hepatite C, e que, segundo Paulo Macedo, custa 48 mil euros. Mas o bastonário da Ordem dos Médicos e o presidente do Infarmed asseguram que esse valor já foi revisto em baixa, para os 42 mil euros, apesar de reconhecerem que se mantém elevado.
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País Hepatite C
No dia em que o ministro da Saúde está em Milão para apresentar uma proposta de fixação do preço do Sofosbuvir em 4.151 euros, cerca de 11 vezes menos do que o valor da primeira proposta apresentada pela farmacêutica americana, que comercializa este fármaco para a Hepatite C (48 mil euros), é desmentido.
Na antena da rádio TSF, o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, revela que a indústria farmacêutica já cortou o valor do remédio. A mesma tese é sustentada pelo presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves, acrescentando que apesar da revisão em baixa do valor do medicamento, o preço continua inaceitável.
O custo do Sofosbuvir é, sublinha o Infarmed, uma barreira significativa no acesso ao tratamento dos doentes a nível europeu, pelo que “é necessário encontrar um preço justo e comportável para os sistemas de saúde europeus. Neste sentido, é imprescindível delinear uma estratégia europeia comum que inclua um processo de negociação conjunto com a indústria farmacêutica”.
Refira-se que, considerando o preço estabelecido para o medicamento no Egito (cerca de 700 euros) e o respetivo PIB (5,93 vezes mais baixo que o PIB da Zona Euro), Portugal propõe hoje em Milão a constituição de uma aliança conjunta dos Estados-membros para a definição de um preço máximo por tratamento 5,93 vezes superior ao preço proposto no Egito.
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