Um homem, de 44 anos, indiciado pela prática de um crime de violência doméstica, um crime de resistência e coação sobre funcionário e um crime de condução perigosa de veiculo rodoviário, foi presente pelo Ministério Público a primeiro interrogatório judicial, tendo ficado sujeito à medida de coação de prisão preventiva, anunciou esta segunda-feira a Procuradoria da República da Comarca de Lisboa Oeste.
O arguido e a vítima contraíram casamento no Brasil, de onde são naturais, e residem em Portugal desde 2017 com as duas filhas, neste momento, ambas maiores de idade, segundo um comunicado.
Encontra-se indiciado que o arguido "apresenta uma postura ciumenta e controladora relativamente à ofendida, questionando-a regularmente sobre com quem fala ou troca telefonemas e mensagens e, sendo um consumidor frequente de bebidas alcoólicas em excesso, quando sob o seu efeito, torna-se física e verbalmente agressivo para com a ofendida".
Foi depois de um desses consumos, na noite de 11 de maio, no interior da residência comum, que o homem "iniciou nova discussão com a ofendida, dizendo-lhe que a matava e se suicidava de seguida, ao mesmo tempo que manuseava um objeto que, pelo barulho, aquela deduziu trata-se de um x-ato".
Assim que conseguiu, a vítima ligou para a GNR que se deslocou ao local. O homem "ainda fugiu", "mas regressou cerca de 30 minutos mais tarde".
Ao perceber que a GNR anda estava no local, "conduziu a sua viatura, em grande velocidade, na direção da viatura policial – só se evitando a colisão porque o militar que estava ao volante realizou um movimento rápida de mudança de direção". De seguida, "encetou fuga a alta velocidade, não acatando a ordem da GNR para parar e realizado várias manobras perigosas".
"Na sequência do interrogatório judicial, realizado no dia 13 de maio, foi aplicada ao arguido a medida de coação de prisão preventiva e de proibição de contactos com a ofendida, mesmo em estado de reclusão", revela a Procuradoria da República da Comarca de Lisboa Oeste.
O inquérito corre termos no DIAP do Núcleo de Cascais.
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