Associação de ex-combatentes entregará reinvindicações ao próximo Governo

A Associação Portuguesa dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA) anunciou hoje que vai apresentar uma lista de reivindicações ao próximo Governo, numa cerimónia comemorativa do seu 51º. aniversário.

Assembleia da República, Portugal, Parlamento,

© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Lusa
14/05/2025 17:48 ‧ 14/05/2025 por Lusa

País

Ex-combatentes

No seu discurso na sessão, o presidente da direção nacional da ADFA, tenente-coronel António Pereira Neves, anunciou que a associação vai entregar ao próximo Governo uma lista de reivindicações que incidem sobretudo sobre as reformas e vencimentos "mal atribuídos" a antigos militares e em nome das viúvas de ex-combatentes que dedicaram a sua vida a cuidar dos companheiros. 

 

"Há casos de pessoas, de casais, que viveram toda uma vida só com o rendimento da pensão extraordinária que o deficiente tinha, porque a sua mulher não podia ter outros compromissos laborais", uma vez que "tinha o marido em casa para tomar conta"

"Agora ele faleceu e ela fica só e desamparada, é retirado todo esse suplemento", criticou o presidente da ADFA.

Outra das preocupações, segundo o presidente da ADFA, é existirem ainda "muitos casos ao longo de 50 anos" de pessoas que "em vez de receberem a sua reforma com o vencimento do posto a que tinham direito, recebem o vencimento de um posto a baixo".

"Temos de ser capazes de sensibilizar as entidades políticas e militares que têm a responsabilidade última de zelar pelas nossas necessidades", adiantou, António Pereira Neves admitindo simultaneamente que "já não vale a pena apresentar um caderno reivindicativo com 10 ou 15 ou 20 pontos", uma vez que os ex-combatentes têm que ser "objetivos e pragmáticos". 

Embora acredite "nas boas intenções de quem está do lado de lá do poder de decisão" o presidente daquela associação considera que o seu apelo não é um grito de revolta, mas sim um "grito de raiva, porque já lá vão 51 anos". 

Mesmo não estando presente, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deixou uma mensagem em que sublinhava o "caminho excepcional que a ADFA tem trilhado no apoio àqueles que sofreram as consequências físicas e psicológicas da guerra, a sua ação na assistência médica, protésica, na formação profissional, na reabilitação física, entre outras, através das suas 12 delegações espalhadas por todo o continente e ilhas". 

Em declarações à margem da sessão, o presidente da ADFA relativizou o facto de não estarem presentes altas figuras do Estado nesta cerimónia, assinalando que decorre um período de campanha eleitoral.

"Estamos num período eleitoral, de campanha eleitoral e é compreensível que os agentes políticos andem, enfim, a fazer as suas campanhas", acrescentou.

Leia Também: Cinco meses depois, ainda há ex-combatentes sem desconto em medicamentos

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