Na Cidade Universitária foram instaladas 123 secções de voto, distribuídas pela Aula Magna, Faculdade de Direito, Faculdade de Letras, Faculdade de Psicologia, Faculdade de Ciências e Cantina Velha.
Pelas 10h00 já se observava a presença de eleitores de várias idades para exercerem o voto antecipado em mobilidade, havendo inclusivamente que trouxesse o animal de companhia. E ao longo da manhã a afluência foi aumentando.
"Sente-se mais afluência", afirma Tânia Marques, presidente de mesa de uma das secções de voto presentes na Aula Magna, em declarações à Lusa.
Apesar da afluência, Tânia Marques garante que o processo "tem corrido bem". "Para já ainda está calminho", sublinha a responsável, que vai também "fazer a contagem dos votos da emigração" no dia das eleições, em 18 de maio.
Uma das pessoas que decidiu aproveitar esta oportunidade foi Filipe Rodrigues, que admite não ser estreante, dado já ter votado antecipadamente noutras eleições. "O processo é simples, desde a inscrição ao [próprio] voto antecipado", refere, notando que "está tudo muito bem feito".
"Estava bem organizado", corrobora Isabel Raposo, em declarações à Lusa, poucos minutos depois de votar no edifício da Faculdade de Direito. "É natural que haja alguma confusão ao principio porque uma pessoa tem que localizar primeiro qual é a mesa de voto (..) mas acho que as coisas estão bem organizadas", reforça.
E há quem acredite que esta modalidade pode ajudar a baixar a abstenção. "Acredito que há muita gente que não vota porque tem compromissos e, por isso, ajuda nesse caso", admite Gabriel Heitmann, à porta da Aula Magna, acrescentando ainda que é uma boa opção para quem não goste de esperar nas filas. "O voto antecipado é sempre muito rápido", "costuma haver muita fila e está feito", atira.
"Está tudo muito bem feito e acho que é uma das alternativas para poder baixar a abstenção" e que haja uma maior adesão, corrobora Filipe Rodrigues.
Opinião diferente têm Elsa Correia e Marta Correia, mãe e filha, que "não quiseram prescindir de votar", aproveitando esta modalidade. "Não acredito muito [que a abstenção baixe]. Acho que as pessoas não gostam muito de sair para votar, infelizmente", lamenta Marta.
Já Isabel Raposo diz esperar que a abstenção "baixe", apesar de defender que não está relacionado com a possibilidade do voto antecipado em mobilidade. Para a reforma, "cada eleição é um desapontamento", dada a "quantidade de pessoas que não votam".
Isabel diz compreender o "desencanto dos portugueses", mas crítica quem não vem exercer o direito de voto: "acho que isso é a solução mais fácil e não vale rigorosamente nada".
João Cotrim Figueiredo, ex-presidente e eurodeputado da IL, e Catarina Martins, ex-coordenadora e eurodeputada do BE, foram alguns dos eleitores que optaram por votar antecipadamente esta manhã na Cidade Universitária, em Lisboa.
Há 39.259 eleitores inscritos para votarem antecipadamente na Cidade Universitária, dos quais 24.453 do círculo eleitoral de Lisboa. Destes, 21.186 são recenseados no concelho de Lisboa, segundo os dados da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.nda nã
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