Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas depois de inaugurar a requalificação do Núcleo Museológico do Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas (MFA), na Pontinha, no concelho de Odivelas, distrito de Lisboa.
Segundo o chefe de Estado, "os debates, de uma maneira geral, foram úteis e importantes", com "grande audiência" e "apresentação de propostas".
Agora é importante "que as forças políticas expliquem, daqui até às eleições, como é que vão pôr [essas propostas] no terreno, com que base de apoio, para que não haja crises", defendeu.
"Vamos entrar num período formal de campanha eleitoral. E o que se espera é que as forças políticas, que já apresentaram as propostas, digam como é que as vão pôr no terreno, isto é, que condições devem ser preenchidas em termos de praticabilidade daquelas soluções", afirmou.
"Mas vai fazer como? Isto é, com base de apoio?", reforçou.
O Presidente da República manifestou-se confiante de que isso "vai ser esclarecido, naturalmente, daqui até às eleições".
Nesta ocasião, Marcelo Rebelo de Sousa foi interrogado sobre o pedido de um deputado do PSD para que se apure quem acedeu ao registo de interesses atualizado do primeiro-ministro, com informações de mais clientes da empresa Spinumviva.
Escusando-se a falar desse assunto, o chefe de Estado comentou que "num clima eleitoral há sempre um calor, há um lado emotivo muito grande".
No seu entender, "tem sido um clima com grande civismo, mas aparecem sempre as picardias".
Antes, o Presidente da República inaugurou e visitou o requalificado Núcleo Museológico do Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas (MFA).
No discurso que fez durante a inauguração, o chefe de Estado assumiu a responsabilidade pelo adiamento desta cerimónia, que estava marcada para 24 de abril, dia que foi abrangido pelo luto nacional pela morte do Papa Francisco.
"Mas eu achei: como é que se vai comemorar o 25 de Abril no 24? Não faz sentido, o 24 foi aquilo que se quis destruir", justificou.
Marcelo Rebelo de Sousa expressou "gratidão aos heróis" do 25 de Abril e defendeu que é importante comemorar e manter a memória desse acontecimento histórico, "memória virada para o futuro".
No fim da sua intervenção disse que este posto de comando "foi útil para comandar no 25 de Abril" e acrescentou que "o espírito de comando para melhor tem de estar em 2026, em 2027, em 2028, em 2029" para tornar "o país melhor do que está hoje".
[Notícia atualizada às 18h08]
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