Sindicato queixa-se das condições de trabalho no tribunal
O Sindicato dos Funcionários Judiciais queixou-se hoje das condições atuais do tribunal de Gondomar, onde os trabalhadores exercem funções "numa única sala" e com recurso a "máscaras" devido às obras em curso.
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País Mapa Judiciário
Ao quarto dia da vigência do novo mapa judiciário, de acordo com o relato feito, à Lusa, por um membro da direção nacional do Sindicato dos Funcionários Judiciais, as condições de trabalho em Gondomar "não têm dignidade", temendo-se "pela saúde" dos funcionários que se arrastam "há cerca de dois meses".
O responsável sindical, José Ferreira, descreveu situações em que, devido às obras, são usadas máscaras e apontou que cerca de seis dezenas de funcionários estão a trabalhar numa única sala com dimensão inferior a 60 metros quadrados.
José Ferreira relatou o caso de um processo recente em que a audiência foi interrompida porque "a juíza não conseguia ler a sentença", devido ao barulho "das máquinas e dos berbequins que estavam a trabalhar ao mesmo tempo".
Este tribunal acolhe instâncias criminais, a instância da família e menores, as duas instâncias cíveis. José Ferreira descreveu que os móveis e prateleiras que acolhem o arquivo que servem de apoio a estas instâncias estão no 'hall' de entrada do tribunal.
Quanto à instância central cível, o responsável sindical, referiu que esta vai ser instalada onde antes era o Tribunal de Trabalho de Gondomar, ou seja num centro comercial, mas as obras neste local "só estarão concluídas por volta de 20/25 de setembro".
"Já se sabia há muito tempo que Gondomar ia sofrer alterações. Isto foi um mau planeamento de obras, tanto em Gondomar, como a nível nacional", referiu, à Lusa, José Ferreira.
Outro dado apontado pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais prende-se com o facto de, em Gondomar, estar a ser feito no exterior do edifício que acolhe o tribunal, uma sala nova de audiências que, disse José Ferreira, "só estará terminada em dezembro".
"Na segunda-feira [dia da entrada em vigor do novo Mapa Judiciário] ainda andavam a meter toda a cabelagem necessária para a parte informática do Tribunal", concluiu José Ferreira.
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