O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, transmitiu ao seu homólogo espanhol, José Manuel Albares, a "solidariedade de Portugal com a disposição de Espanha" para acolher o líder da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, em exílio.
"O ministro Paulo Rangel transmitiu esta manhã a José Manuel Albares a solidariedade de Portugal com a disposição de Espanha para acolher Edmundo González Urrutia", lê-se numa nota publicada na página do Ministério dos Negócios Estrangeiros, na rede social X.
"Portugal reafirma a condenação liminar da perseguição à oposição venezuelana e insiste na necessidade de transparência eleitoral e de diálogo político", acrescenta a nota.
Esta manhã, Albares anunciou que Espanha concederá "naturalmente" o asilo político ao candidato da oposição às eleições presidenciais da Venezuela Edmundo González Urrutia.
O opositor venezuelano aterrou pelas 16h00 locais (15h00 em Lisboa) na Base Aérea de Torrejón de Ardoz, em Madrid. Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, González, que viaja acompanhado da mulher e do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Globais, Diego Martínez Belío, foi recebido pela secretária de Estado para a América Latina e Espanhol no Mundo, Susana Sumelzo.
O avião da Força Aérea Espanhola que transportou o candidato da oposição às eleições presidenciais da Venezuela Edmundo González Urrutia aterrou na Base Aérea de Torrejón de Ardoz, em Madrid, por volta das 16:00 (hora local).
Lusa | 15:43 - 08/09/2024
"A partir de agora terão início os procedimentos para o pedido de asilo, cuja resolução será favorável no interesse do compromisso de Espanha com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos, especialmente dos líderes políticos", refere a nota do Ministério.
Antigo embaixador da Venezuela na Argentina e na Argélia, Edmundo González Urrutia, 75 anos, aceitou ser candidato nas presidenciais de 28 de julho de 2024, em substituição da líder opositora María Corina Machado, desqualificada pelas autoridades e impossibilitada de exercer cargos públicos durante 15 anos.
Na semana passada, um tribunal venezuelano especializado em crimes relacionados com terrorismo emitiu um mandado de prisão para González Urrutia.
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