Sob o lema 'Gota a gota por um futuro melhor', a campanha, lançada por ocasião do Dia Mundial da Água, visa reforçar a consciencialização da importância do combate ao desperdício da água, através de iniciativas de educação ambiental, presenciais e digitais, dirigidas à população e à comunidade escolar, explicou em comunicado a autarquia do distrito de Faro.

A campanha pretende apelar à adoção de comportamentos que favoreçam a poupança de água e contribuam para alcançar os objetivos de contenção de consumo que os municípios do Algarve têm de aplicar, fixados em 15% para o setor urbano, no âmbito das restrições determinadas pelo Governo para poupar as reservas hídricas da região.

O município adiantou que foi aprovado pela Câmara um Plano de Atividades de Educação Ambiental para 2024 que prevê a realização de ações de sensibilização sobre a temática da água, como por exemplo "peças de teatro a realizar nas Ribeiras de Aljezur e de Odeceixe" ou palestras, junto do Agrupamento de Escolas Professora Piedade Matoso.

"Em todo o concelho de Aljezur, foram colocadas lonas, com informação sobre pequenos hábitos sustentáveis a adotar, como a redução do tempo no duche e fechar regularmente a torneira, e distribuídos folhetos com dicas dirigidas a toda a população, apelando para a adoção de gestos simples, que podem fazer toda a diferença na poupança de água", indicou o município.

A mesma fonte assinalou ainda que a campanha está também presente nos meios digitais, com conteúdos disponíveis no sítio da Internet e no perfil de Facebook do município de Aljezur.

"O executivo da autarquia espera, com esta campanha, sensibilizar a comunidade, promover mudanças de comportamento no uso da água e garantir um consumo consciente e sustentável, pois só com uma ação conjunta de todos é que se consegue preservar este recurso tão valioso", considerou a Câmara algarvia.

O Algarve está em situação de alerta devido à seca desde 05 de fevereiro, tendo o Governo aprovado um conjunto de medidas de restrição ao consumo, nomeadamente a redução de 15% no setor urbano, incluindo o turismo, e de 25% na agricultura.

A estas medidas somam-se outras como o combate às perdas nas redes de abastecimento, a utilização de água tratada na rega de espaços verdes, ruas e campos de golfe ou a suspensão da atribuição de títulos de utilização de recursos hídricos.

O Governo já admitiu elevar o nível das restrições, declarando o estado de emergência ambiental ou de calamidade, caso as medidas agora implementadas sejam insuficientes para fazer face à escassez hídrica na região.

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