"Lucro fóssil". Ativistas climáticos colocam faixa no Banco de Portugal
Segundo a nota do grupo pelo fim ao fóssil, da Greve Climática Estudantil, "os estudantes foram detidos e estão na esquadra do Martim Moniz".
© Greve Climática Estudantil / Telegram
Os estudantes pelo fim ao fóssil da Greve Climática Estudantil subiram ao telhado do Banco do Portugal, na madrugada desta quarta-feira, e abriram uma faixa com uma mensagem de crítica ao Governo, que acusaram de "defender o lucro fóssil".
"Governo a defender o lucro fóssil = Resistência Estudantil. Fim ao Fóssil 2030", lia-se na faixa, referiu o grupo ativista, num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
De acordo com a nota, "os estudantes foram detidos e estão na esquadra do Martim Moniz", após a ação que reivindicava "o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e o fim do uso de gás fóssil para produzir eletricidade até ao próximo ano, usando antes eletricidade 100% renovável e gratuita, através de um serviço público de energias renováveis".
Fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP) confirmou à Lusa que houve três ativistas do movimento Greve Climática Estudantil detidos no âmbito desta ação.
Leonor Chicó, estudante e porta voz desta ação, defendeu que o "Governo que vai ser formado nos próximos dias não vai ter um plano para o fim ao fóssil nos prazos da ciência", daí a mensagem de alerta escrita na faixa.
"O fim ao fóssil até 2030 não é negociável, é uma necessidade existencial. E sabemos que é possível. Podíamos ter eletricidade 100% renovável e gratuita até ao próximo ano. Os obstáculos não são técnicos ou científicos. O único obstáculo é a decisão política de colocar o lucro das empresas fósseis acima da nossa vida", referiu ainda.
Matilde Ventura, também porta voz desta ação, reforçou ainda que "o ano passado foi o ano mais quente desde que há registo" e, "para o bem ou para o mal, os próximos anos vão ser cruciais para o futuro da humanidade". "Sabemos que estamos do lado certo da história. Não consentimos que nos condenem em nome do lucro fóssil. Os estudantes não vão dar paz a este Governo até que garanta o nosso futuro", acrescentou.
A Greve Climática Estudantil está a convocar uma onda de ações pelo fim aos combustíveis fósseis para maio, com o nome de 'Primavera Estudantil pelo Fim aos Fósseis'. O grupo de jovens ativistas promete "não dar paz às instituições de poder até que estas garantam 'uma transição justa nos prazos da ciência'".
Recorde-se que já no fim do mês passado, este movimento pelo Fim ao Fóssil reivindicou ter atingido com tinta verde o líder da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, argumentando que "nenhum partido tem um plano adequado à realidade climática".
[Notícia atualizada às 14h13]
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