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Associação pede reflexão após abalroamento de barco-patrulha em Cádis

A Associação dos Inspetores e Chefes da Polícia Marítima considerou hoje que o abalroamento de um barco-patrulha da Guarda Civil por uma lancha onde seguiam presumíveis narcotraficantes deve fazer as instituições refletir sobre desinvestimento e falta de meios.

Associação pede reflexão após abalroamento de barco-patrulha em Cádis
Notícias ao Minuto

13:44 - 11/02/24 por Lusa

País Polícia marítima

Num comunicado enviado às redações, a direção nacional da associação portuguesa sublinha que aquele acontecimento trágico -- que resultou na morte de pelo menos três guardas, segundo indica -- "deverá levar as instituições policiais e, sobretudo, as respetivas tutelas, a refletir sobre os problemas estruturais comuns às diversas forças e serviços de segurança portuguesas".

Em causa estão, refere, problemas como o "subinvestimento, a inadequação de meios (materiais e humanos)", bem como "os parcos subsídios de risco atribuídos", que, nota, "deram origem a uma justa e compreensível onda de insatisfação" -- numa alusão à luta dos agentes das forças de segurança.

Para a direção nacional da Associação dos Inspetores e Chefes da Polícia Marítima, este "contundente episódio" deve servir para "se repensar as condições de trabalho" dos profissionais que todos os dias "arriscam a vida pela legalidade democrática, pela segurança interna e pelos direitos dos cidadãos".

Na sexta-feira à noite um barco patrulha do Grupo Especial de Atividades Subaquáticas (GEAS) da Guarda Civil de Espanha, com luzes indicativas e seis agentes a bordo, aproximou-se para identificar seis barcos que se tinham refugiado no porto de Barbate, em Cádis, devido ao mau tempo, havendo suspeita de que se seriam "narcolanchas" (forma como são conhecidas em Espanha as lanchas usadas no tráfico de droga).

Nesse momento, uma das "narcolanchas" abalroou o barco patrulha e passou-lhe por cima, matando pelo menos dois agentes, segundo as autoridades espanholas.

No sábado, o ministro da Administração Interna espanhol, Fernando Grande-Marlaska, disse que foram detidas oito pessoas por terem alegadamente participado "no assassinato" dos elementos da Guarda Civil (uma força de segurança militarizada, similar à Guarda Nacional Republicana em Portugal).

Grande-Marlaska disse que a embarcação dos traficantes de droga "lançou-se de uma forma assassina" contra o barco-patrulha da Guarda Civil e prometeu "impunidade zero" neste caso.

O ministro agradeceu também à polícia de Marrocos, que se colocou na sexta-feira à noite à disposição de Espanha para evitar que os alegados autores do crime fugissem.

O ministro comprometeu-se, por outro lado, com um aumento dos meios materiais e humanos para a luta contra o tráfico de droga nesta região do sul de Espanha, conhecida como Campo de Gibraltar.

Segundo um comunicado da Guarda Civil, os detidos são os tripulantes da "narcolancha" e mais duas pessoas que os foram recolher, de carro, ao porto, depois do abalroamento do barco-patrulha.

Leia Também: Oito detidos após morte de guardas espanhóis em Cádis

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