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Portugal pede "investigação completa e rigorosa" a funcionários da ONU

O Ministério dos Negócios Estrangeiros apelou hoje à adoção de "medidas adequadas" e uma "investigação completa e rigorosa" às suspeitas de envolvimento de elementos da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) num ataque a Israel.

Portugal pede "investigação completa e rigorosa" a funcionários da ONU
Notícias ao Minuto

18:36 - 27/01/24 por Lusa

País MNE

"Reconhecendo o trabalho vital da UNRWA, Portugal associa-se à União Europeia e apela à adoção de medidas adequadas e a uma investigação completa e rigorosa", escreveu no X o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português.

A posição de Portugal surge na sequência da decisão da ONU de avançar com uma investigação para confirmar a eventual participação de funcionários da UNRWA no ataque a Israel levado a cabo pelo Hamas a 07 de outubro de 2023.

O MNE acrescenta que "Portugal expressa forte preocupação face às alegações de envolvimento de funcionários da UNRWA no ataque terrorista" do Hamas.

Israel acusou uma dúzia de trabalhadores daquela organização de estarem envolvidos no ataque do Hamas e a própria organização da ONU anunciou que iria abrir uma investigação e expulsar vários funcionários.

O anúncio levou vários países - Estados Unidos da América, Canadá, Austrália, Itália e Reino Unido - a suspenderem o financiamento à associação.

Entretanto, o Hamas negou que o pessoal da ONU tenha participado nas ações militares e a Autoridade Nacional Palestiniana manifestou "grande espanto com as medidas tomadas por alguns países antes da conclusão das investigações da ONU" para apurar a veracidade das suspeições.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano alertou para o facto de a UNRWA ser fundamental para a sobrevivência de muitos habitantes de Gaza, apelando a que fossem primeiro confirmadas as acusações de conluio feitas por Israel.

O lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O ataque de 07 de outubro causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas.

Cerca de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.

Em resposta ao ataque de 07 de outubro, Israel prometeu aniquilar o Hamas, no poder em Gaza desde 2007, e lançou uma vasta operação militar que causou mais de 26 mil mortos, na sua grande maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamita palestiniano.

Leia Também: Entre acusações e 'cortes', Gaza terá menos ajuda da ONU. O que se passa?

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