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"Esta investigação diz-nos que algo muito grave se passa na Madeira"

As palavras são do líder do Partido Socialista na Madeira, Paulo Cafôfo, sobre polémica que envolve titulares de cargos políticos na região.

"Esta investigação diz-nos que algo muito grave se passa na Madeira"
Notícias ao Minuto

19:55 - 24/01/24 por Inês Frade Freire

Política Paulo Cafôfo

O líder do Partido Socialista na Madeira, Paulo Cafôfo, afirmou, esta quarta-feira, que "Pedro Calado não tem quaisquer condições de continuar como presidente da Câmara do Funchal depois desta mega operação". 

Segundo Cafôfo, as suspeitas de corrupção que recaem sobre o presidente do governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, e do autarca do Funchal, "dão-nos motivos para estar preocupados com a Madeira e os madeirenses". 

"Estamos muito preocupados porque esta investigação é dirigida a altos titulares de cargos públicos na região, a quem deve ser exigida total transparência e verticalidade no exercício das suas funções", frisou ainda.

E continuou: "Esta investigação diz-nos que algo muito grave se passa na região e que não é de hoje nem é de agora. Vem de há muito e o Partido Socialista tem sido aqui o principal denunciante".

Ao que revela Cafôfo, o partido tem denunciado desde 2015 "todas estas situações, inclusive em três comissões de inquérito realizadas na Assembleia Legislativa da Madeira, na última legislatura".

"A confiança em Miguel Albuquerque e Pedro Calado ficou irremediavelmente comprometida e não vai voltar", afirmou, alertando que "os madeirenses exigem e merecem um total esclarecimento desta situação".

Na ótica do líder do PS/Madeira, o partido encontra-se confiante "de que no tempo próprio, a Justiça conseguirá apurar a verdade de todos os factos".

Recorde-se que o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, o presidente do Conselho de Administração do Grupo AFA, Avelino Farinha, e o líder do grupo AFA em Braga, Caldeira Costa, foram detidos, esta quarta-feira, na sequência das mais de 100 buscas realizadas pela Polícia Judiciária (PJ) e pelo Ministério Público (MP) em vários locais da Madeira e do continente, por suspeitas de corrupção, participação económica em negócio, prevaricação, abuso do poder, entre outros crimes.

As informações foram avançadas pela CNN Portugal e pelo Observador, que indicou que os suspeitos serão levados à presença de um juiz de instrução criminal para serem alvo de medidas de coação.

Entretanto, a PJ revelou, em comunicado, ter executado de cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias na Região Autónoma da Madeira (Funchal, Câmara de Lobos, Machico e Ribeira Brava), na Grande Lisboa (Oeiras, Linda-a-Velha, Porto Salvo, Bucelas e Lisboa) e, ainda, em Braga, Porto, Paredes, Aguiar da Beira e Ponta Delgada, o que levou à detenção de três suspeitos, fora de flagrante delito, às 14h15 de hoje.

O presidente do governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, também é um dos visados da megaoperação policial, que conta com mais de uma centena de inspetores da PJ e de procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal em três processos distintos, que contemplam algumas das mesmas personalidades. 

De acordo com a CNN Portugal, Albuquerque é suspeito de atentado ao Estado de Direito por alegado condicionamento editorial de órgãos de comunicação social e de controlo financeiro de jornais regionais, através de privados ligados ao seu Executivo. Aquele meio indicou que o responsável pretendia condicionar notícias desfavoráveis.

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