A sede da Junta de Freguesia de Campolide, em Lisboa, está, esta quinta-feira, a ser alvo de buscas pela Polícia Judiciária (PJ). A informação foi confirmada pelo atual presidente, Miguel Belo Marques.
Em declarações à RTP, Miguel Belo Marques disse não poder adiantar "muitas informações, uma vez que "o processo está em segredo de justiça", mas garantiu estar a colaborar com as autoridades.
"Confirmo que, de facto, hoje de manhã, entraram no nosso edifício e pediram para falar comigo inspetores da Polícia Judiciária e que que estão a decorrer buscas na Junta de Freguesia", afirmou.
As buscas, segundo a estação, prendem-se com o anterior Executivo, liderado pelo socialista André Couto, e estão relacionadas com um processo que se iniciou em 2018. Em causa estarão suspeitas de gestão fraudulenta e danosa, envolvendo funcionários da junta de freguesia.
Em novembro desse ano foi noticiado por jornais, nomeadamente pelo então Sol e pelo I, que o Ministério Público (MP) estava a investigar a ligação de elementos da Junta de Freguesia de Campolide a alegadas irregularidades na gestão de instituições da freguesia, nomeadamente o Externato Educação Popular e a Fundação António Luís Oliveira.
O Notícias ao Minuto entrou em contacto com a PJ para obter mais esclarecimentos, mas não foi possível até ao momento.
O atual presidente da Junta de Freguesia de Campolide confirmou que as as buscas não estão relacionados com o seu executivo. São "anteriores à vigência deste executivo que eu presido e estamos a colaborar com as autoridades e estamos certos que muito em breve tudo estará esclarecido", completou.
Em mensagem escrita à Lusa, André Couto afirmou estar "absolutamente tranquilo" relativamente à sua "ação enquanto presidente da Junta de Freguesia".
André Couto acrescentou ainda estar "disponível para colaborar com a justiça".
[Notícia atualizada às 14h05]
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