A Procuradoria-Geral Regional de Lisboa tornou público, esta terça-feira, que o Ministério Público (MP) acusou quatro arguidos pela prática de crimes de roubo e agravado, crimes de detenção de arma proibida e de tráfico de estupefacientes de menor gravidade.
Em comunicado, divulgado esta terça-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) referiu que o grupo aliciava as vítimas fingindo ter interesse em bens à venda em plataformas online, depois agredia-as e ameaçava-as, de forma a obter os artigos sem pagar.
Três dos arguidos, que atuavam em grupo com outros indivíduos não identificados, "levaram a cabo um plano que consistia em contatar pessoas que tinham à venda bens nas plataformas OLX e Marketplace, demonstrando interesse na compra dos mesmos".
Após combinarem encontros com as vítimas, "em locais por si definidos geralmente no interior de prédios com duas portas de acesso a partir da via pública, sitos em Algueirão, Mem Martins", no concelho de Sintra, os arguidos subtraíram-lhe os bens "com recurso ao uso de força física e exibição de facas e armas de fogo, sempre que tal se revelou necessário".
Segundo a acusação, o grupo vendia depois os artigos e o valor era repartido por todos.
Já o quarto arguido detinha na sua posse produto estupefaciente que destinava à cedência a terceiros, quando foram efetuadas buscas à sua residência.
"O Ministério Público requereu que seja declarada perdida a favor do Estado Português a vantagem obtida pelos três primeiros arguidos com a prática dos factos ilícitos supra descritos", lê-se na nota.
Do total de quatro arguidos, um deles ficou sujeito à medida de coação de prisão preventiva e os restantes a termo de identidade e residência.
A investigação foi dirigida pelo DIAP do Núcleo de Sintra, com a coadjuvação da Polícia Judiciária.
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