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EUA 'de olho' na Ucrânia? "Há uma desilusão em relação à contraofensiva"

Francisco Seixas da Costa falou sobre o atrito entre Kyiv e Varsóvia, assim como das expetativas que os Estados Unidos tinham na contraofensiva ucraniana, para a qual têm vindo a contribuir.

EUA 'de olho' na Ucrânia? "Há uma desilusão em relação à contraofensiva"
Notícias ao Minuto

08:50 - 22/09/23 por Notícias ao Minuto

Política Guerra na Ucrânia

O embaixador Francisco Seixas da Costa analisou, na noite de quinta-feira, o regresso do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, aos Estados Unidos.

"Esta ida de Zelensky aos Estados Unidos tem dois momentos completamente diferentes – a presença na Organização das Nações Unidas (ONU) e estes encontros em Washington hoje [quinta-feira]", explicou, referindo-se não só ao encontro com o seu homólogo norte-americano Joe Biden, como também às reuniões com líderes no Congresso.

No ‘Prime Time’, emitido pela CNN Portugal, o também comentador explicou que em relação à ida à Assembleia Geral da ONU, o líder ucraniano "fez a apresentação de que todos estavam à espera, tendo ido, aparentemente, um pouco mais longe do que aquilo que se esperava, em particular, com a reação que acabou por provocar por parte do governo polaco". Seixas da Costa referia-se ao facto de a Polónia ter convocado "de emergência" o embaixador ucraniano após as declarações de Zelensky durante a Assembleia Geral da ONU, nas quais acusou Varsóvia de estar a "preparar terreno para Moscovo" na questão da importação de cereais ucranianos.

"A Ucrânia pôs em causa aquilo que era a determinação do governo polaco de proteger o seu setor agrícola. Considerou isso um ato inamistoso", notou, sublinhando que Varsóvia tem sido um dos países que "mais tem apoiado a Ucrânia". Atualmente, a Polónia deu ‘luz vermelha’ ao envio de armas para a Ucrânia, na sequência de um atrito com a importação de cereais ucranianos. "Isto funcionou muito mal. E, de certa maneira, arruinou parte daquilo que era o efeito político que o próprio discurso de Zelensky queria ter na Assembleia Geral", acrescentou.

Quanto ao segundo momento de que falou, o comentador aponta ainda que Zelensky "mergulha naquilo que é uma crise política dentro dos Estados Unidos por via do orçamento". "Recebeu dentro da Câmara dos Representantes e do Senado um sentimento de que há um declínio - por agora, relativamente subliminar – relativamente à continuidade do apoio à Ucrânia", analisou.

Seixas da Costa afirmou ainda que ficou "muito claro" que neste país se estava à espera de um maior sucesso da contraofensiva ucraniana.

"E que, de certa, maneira, há uma desilusão em relação a isso. E Zelensky está a ter de responder relativamente ao que pode vir a fazer com o apoio que tem", rematou, acrescentando que há certas áreas do Partido Republicano – mas também do setor democrático –, que estão a "deslizar" no âmbito deste apoio.

"Isto deve ser uma preocupação para Zelensky", finalizou.

Leia Também: Após ONU, o Capitólio. As imagens do regresso de Zelensky a Washington

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