As autoridades têm vindo cada vez mais a alertar para tentativas de burla - algumas com o 'modus operandi' identificado, tal como as que acontecem com o MBWay, por exemplo.
Apesar de haver várias eventuais situações em cima da mesa, há uma que acontece "tanto no mundo físico como no digital", de acordo com o que nota a DECO Proteste. A associação sublinha, no entanto, que a "os seus autores recorrem cada vez mais às novas tecnologias para o concretizar".
Uma das técnicas utilizadas pelas pessoas que levam a cabo este roubo de identidade é a utilização de fotografias alheias para a criação de perfis falsos nas redes sociais ou mesmo parar criar documentos com os dados de outras pessoas.
Ainda assim, a associação esclarece que "o furto ou roubo de identidade não é considerado um crime 'per si'. Trata-se de um fenómeno que, dependendo da forma como é realizado e do que fizerem com a identidade da vítima, pode resultar na prática de diferentes tipos de crimes", tais como: phishing, burla informática, acesso a comunicações (através da transferência de dinheiro da conta da vítima para outra, por exemplo) ou violação de correspondência ou de telecomunicações (abertura de cartas ou encomendas).
Num mundo onde a maioria das pessoas tem redes sociais e a informação está ao 'dispor', a DECO elaborou um conjunto de regras que ajudam a evitar este roubo. Conheça-as:
- Evite o phishing
"Antes de inserir uma palavra-passe, confirme se o site é conhecido e se o endereço de URL coincide com o nome da empresa ou da informação que procura", escrevem os responsáveis, que deixam um link para verificar se o site é seguro.
A DECO refere ainda que é também preciso estar atento a alertas 'pop-ups' quando se começa a navegar num site ou se acede a um link específico - e esteja atento a gralhas ou erros.
- Use bem os serviços bancários
A DECO alerta que deve sempre escrever o nome do banco no navegador, por forma a garantir a entrada no site oficial do site. "Não forneça mais de três números do cartão-matriz para efetuar o login. Um pedido desse tipo pode ser vírus", alertam, sublinhando ainda que não deverá aceder a este tipo de serviços através de redes de wi-fi públicas.
- Desconfie de telefonemas, e-mails ou SMS suspeitos
Se receber um telefone ou SMS suspeita a dizer que recebeu um prémio ou algumas instruções para fazer algo, desconfie. "Confirme a legitimidade de quem está a pedir as informações (por telemóvel, e-mail ou por outro meio), bem como a necessidade de fornecer esses dados", apontam, referindo que se a resposta - caso haja -, "não o convencer", deverá desligar a chamada de imediato ou apagar a SMS ou mensagem de WhatsApp.
- Proteja palavras passes e acessos a contas e equipamentos
Assim que o router (dispositivo que fornece wi-fi) for instalado, altere a palavra-passe para uma pessoal e intransmissível, idealmente "complexa" e que contenha "vários caracteres".
"Pelo menos, oito caracteres diferentes formados por maiúsculas, minúsculas, números e símbolos, e não deve ser constituída por dados pessoais, como nomes de familiares ou números de telefone", referem.
Para além disto, os responsáveis alertam para que não seja usada a mesma palavra em vários dispositivos, dado que poderá facilitar o acesso a outros equipamentos ou contas.
- Não partilhe dados privados em redes sociais
Dados privados, tais como data de nascimento, moradas, número de telefone a imagens privadas - especialmente de crianças - não devem ser partilhadas nas redes sociais. "Não aceite pedidos de amizade de pessoas que não conhece e leia com atenção os termos e condições e a política de privacidade da rede social em questão", lê-se.
- Evite autorizar fotocópia do cartão de cidadão
"Reproduzir o cartão de cidadão sem o consentimento do titular era um ato banal por parte de bancos, empresas de telecomunicações ou até o Estado, mas há anos que a lei o proíbe. Quem quebrar as regras sujeita-se a coimas entre 250 e 750 euros", alerta a DECO Proteste, sublinhando que não havendo legislação que autorize a fotocopiar o cartão de cidadão, resta às entidades encontrar uma forma alternativa de confirmar a identidade dos cidadãos, se estes não autorizarem a sua reprodução.
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