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Falta de sangue. "Tem de haver outra estratégia no que toca à colheita"

Presidente da Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue defende que tem de haver mais postos de recolha de sangue, "ir ao encontro das pessoas" para que estas doem sangue de uma forma "regular e controlada".

Falta de sangue. "Tem de haver outra estratégia no que toca à colheita"
Notícias ao Minuto

09:39 - 25/08/23 por Notícias ao Minuto

País dádiva de sangue

O Presidente da Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue, Alberto Mota, defendeu, esta sexta-feira, em entrevista ao programa 'Esta Manhã', da TVI, que o Instituto Português do Sangue tem de mudar a sua "política" de colheitas para que as reservas de sangue não cheguem a níveis preocupantes "duas a três vezes por ano", como tem acontecido.

"Temos de ter uma política diferente e isso cabe ao Instituto Português do Sangue. Tem de haver outra estratégia no que toca à colheita do sangue. Nós sabemos que há muitos pontos no país que não estão cobertos com a colheita de sangue", disse o responsável, dando o caso, por exemplo, do Algarve.

"No Algarve - uma região que tem muita gente nesta altura do ano - há muita dificuldade das pessoas fazerem a sua dádiva de sangue. Agora existe uma recolha de sangue em Lagoa, numa feira que é a Fatacil, mas sabemos que de Vila Real de Santo António até Lagoa são dezenas e dezenas de quilómetros", realçou, acrescentando que "uma das grandes falhas do Instituto Português do Sangue "é não ir ao encontro das pessoas".

"Não pode o Instituto nem os centros de sangue virem apelar à dádiva de sangue e depois pedir para que as pessoas se desloquem aos postos físicos [...]. O país é muito disperso, precisamos de ir nós ao encontro das pessoas", sublinhou, recordando que "só existem três pontos de colheita: Lisboa, Coimbra e Porto.

"Ainda não podemos respirar de alívio"

Apesar de os apelos a doações de sangue, feitos nos últimos dias, terem funcionado e esta quarta e quinta-feira terem sido "dias fantásticos", Alberto Mota lembrou durante a mesma entrevista que "ainda não podemos respirar de alívio", uma vez que as reservas continuam baixas.

"Precisamos de 1.000 a 1.100 unidades de sangue todos os dias e mesmo com o sucesso das doações de quarta e quinta-feira não chegamos a esses números", explicou, adiantando que é necessário que a "onda de solidariedade" se estenda e prolongue durante a próxima semana.

Além disso, relembrou o responsável, é importante que as dádivas de sangue sejam feitas de forma "regular e controlada", pois "não podemos viver nessa situação de andarmos sempre duas, três vezes por ano com grandes apelo, dependermos destas ondas de solidariedade pontuais e depois não termos dadores regulares".

Leia Também: Reservas de sangue dos grupos A e O dão apenas para "dois dias"

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