A Direção-Geral da Saúde (DGS) garante que "não há outros casos associados" às bactérias que mataram um jovem italiano e levaram à amputação de peregrina colombiana, ambos em Portugal para participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorreu em Lisboa entre os passados dias 1 e 6 de agosto.
A DGS assegurou, em resposta à CNN Portugal, que "até agora" são "casos esporádicos" e que “não há outros casos associados", referindo que "à chegada a Portugal" ambos "já apresentavam sintomas ligeiros".
Ao que tudo indica, trata-se de duas bactérias diferentes - 'Staphylococcus aureus' e Estreptococos do grupo A -, ambas contraídas antes da presença das vítimas na JMJ.
O peregrino italiano de 24 anos, Luca Re Sartù, morreu no dia 11 de agosto, já no regresso ao seu país, "por sépsis e falência múltipla de órgãos, no contexto de uma infeção por 'Staphylococcus aureus'", avança a DGS, enquanto no caso da mulher colombiana, Luz Contreras, a bactéria terá sido contraída "em junho deste ano".
"Ambas as bactérias têm o ser humano como reservatório, o que significa que as bactérias transitam de pessoa a pessoa, mas que é preciso contacto de muita proximidade para essa transmissão", esclarece a autoridade de saúde ao mesmo canal de televisão.
Recorde-se que o jovem italiano, natural de Varese, Lombardia, morreu depois de participar na JMJ. Segundo a imprensa italiana, Luca Re Sartú terá contraído uma infeção pela bactéria Staphylococus num acampamento com outros peregrinos na capital portuguesa, onde começou a ficar doente.
Já as urgências do hospital, o jovem sofreu uma "paragem cardíaca" e foi depois transferido para o hospital em Monza, onde morreu na tarde do dia 11 de agosto.
Por sua vez, a peregrina de nacionalidade colombiana teve as duas pernas amputadas após contrair a bactéria. Segundo revelou a família, nas redes sociais, Luz Contreras, de 63 anos, chegou a Portugal no dia 27 de junho, com a intenção de visitar Fátima dois dias depois, a 29 de junho. No entanto, começou a sentir uma "febre que subia drasticamente". Luz Marina foi levada de urgência para o Hospital da Luz, onde foi diagnosticada com um choque tóxico devido à bactéria ‘Streptococcus pyogenes'.
A filha, Lina, contou que a mãe "teve uma falência multiorgânica dos rins, fígado, pulmões e coração", tendo sido colocada em coma induzido durante seis dias e depois encaminhada para o Hospital de Santa Maria. Apesar de melhorar e de "os médicos terem feito o impossível", teve de ser submetida à amputação dos dois membros inferiores devido a necrose.
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