Mais de metade das lamas das ETAR com destino desconhecido

O Estado desconhece o destino de mais de metade das lamas das estações de tratamentos de esgotos, segundo dados preliminares de um estudo da associação ambientalista Quercus, que considera a situação inaceitável.

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Lusa
26/11/2012 13:38 ‧ 26/11/2012 por Lusa

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Quercus

Os ambientalistas avisam que as lamas, que podem até conter patogénicos, poderão estar a ser descarregadas no solo ou a contaminar lençóis freáticos.

"O Ministério do Ambiente não sabe onde vão parar metade das lamas das ETAR", indicou à agência Lusa Rui Berkemeier, especialista em resíduos.

Os dados definitivos deverão ser apresentados em breve, uma vez que a Quercus se encontra ainda a terminar o levantamento sobre os destinos das lamas das estações de tratamento de águas residuais (ETAR), que são um produto inevitável do tratamento dos esgotos, mas requerem um tratamento adequado.

Para a Quercus, isto significa que uma "grande parte" das lamas está a ser gerida "de forma ilegal", com incumprimento da lei por parte das empresas que recolhem estes resíduos para posterior tratamento.

"O mecanismo de controlo não funciona", afirmou Rui Berkemeier, explicando que o Estado até recebe, por parte de quem produz as lamas, a indicação de que foram para armazenamento, mas não sabe o caminho que se seguiu.

A Quercus classifica o controlo às lamas como minimalista, considerando a situação "inaceitável".

Segundo a legislação, o gestor destes resíduos é o responsável pela forma como será tratado e valorizado, nomeadamente para ter condições de ser colocado no solo e em culturas agrícolas.

Este alerta da Quercus surge no dia em que o Jornal de Notícias revela um estudo do Instituto Superior de Engenharia do Porto, que indica que os antibióticos e outros medicamentos vão parar aos rios, mares e solos, porque escapam aos tratamentos usados nas ETAR.

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