A Direção do Executiva (DE) do Serviço Nacional de Saúde (SNS) negou, esta terça-feira, que os assessores dos hospitais do SNS tenham sido proibidos de responderem ou prestarem esclarecimentos aos meios de comunicação sem que tenham consultado previamente o organismo liderado por Fernando Araújo.
"As unidades de saúde mantêm naturalmente toda a sua autonomia e relação direta com a Comunicação Social e tal não foi e nunca será colocada em causa", esclareceram ao Notícias ao Minuto.
Segundo a entidade, "a linha de atuação da DE-SNS tem sido, desde a sua criação, de proximidade e articulação com todas as Unidades que compõem o SNS", sendo, por isso, "uma prática importante e natural que essa articulação aconteça no plano da comunicação".
O DE do SNS realça que uma articulação entre as unidades e a entidade tem "em vista a transmissão de informação correta e objetiva à população".
O esclarecimento, pedido pelo Notícias ao Minuto, surge na sequência de uma notícia avançada pelo Observador, na segunda-feira, que indica que os assessores dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foram proibidos de responderem e prestarem esclarecimentos aos meios de comunicação sem que tenham consultado a Direção Executiva do SNS. No artigo, são citadas mensagens enviadas por um dos membros da direção do SNS, onde é explícita a intenção de condicionar a autonomia dos assessores.
O organismo liderado por Fernando Araújo já havia justificado que a decisão prendia-se a um "controlo da informação" que é transmitida.
Uma assessora de imprensa garantiu, em declarações ao jornal, referindo que a informação foi transmitida aos assessores num "tom desagradável" através do WhatsApp, por um médico, e que surgiu após uma entrevista dada por um presidente de um hospital, em que foi abordado o plano para as maternidades e as urgências de obstetrícia. "É a lei da rolha. Estou chocada", apontou.
O Notícias ao Minuto também questionou o Ministério da Saúde, que remeteu esclarecimentos para o SNS.
Leia Também: Atlas de Variação em Saúde no SNS dá "pistas" para reduzir desigualdade