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Cravinho avisa que é preciso firmeza para enfrentar conflito longo

O ministro dos Negócios Estrangeiros avisou hoje que os parceiros da Ucrânia devem preparar-se para um conflito longo e manter "lucidez e firmeza de espírito" para continuar a apoiar Kiev contra a invasão russa.

Cravinho avisa que é preciso firmeza para enfrentar conflito longo
Notícias ao Minuto

18:01 - 30/05/23 por Lusa

País Ucrânia/Rússia

Na sua intervenção numa audição na Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho insistiu no apoio de Lisboa a Kiev na "sua legítima defesa contra a agressão ilegal e ilegítima russa" e que continuará coerente com esta posição na ajuda política, militar, financeira e humanitária, recordando a recente visita do seu homólogo, Dmytro Kuleba.

"Infelizmente, temos de estar preparados para um conflito que pode ainda perdurar bastante tempo, e é imprescindível que tenhamos lucidez e firmeza de espírito para manter o nosso apoio à Ucrânia o tempo que for necessário, em parceria com as dezenas de outros países que têm uma posição igualmente proativa", comentou, a juntar aos esforços de influência nos países onde as relações são mais fortes.

O ministro dos Negócios Estrangeiros passou em revista a atividade diplomática nos últimos meses e referiu-se à NATO, que "está a evoluir em função das mudanças no mundo", manifestando o apoio de Portugal na adesão da Finlândia e em breve da Suécia, assunto da cimeira da Aliança, em julho em Vílnius, Lituânia.

Ainda no quadro multilateral, Cravinho falou das Nações Unidas e do acorda sobre o Tratado sobre a Biodiversidade além da Jurisdição Nacional, salientando que "Portugal, na qualidade de Estado Costeiro e com a posição geográfica que tem, olha com atenção redobrada" para os oceanos.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU, adiantou, adotou duas resoluções de iniciativa de Portugal: a sobre direitos económicos sociais e culturais, centrada na importância do direito à segurança social, no contexto da recuperação da crise pandémica; e outra, apresentada conjuntamente com o Brasil, pugnando pelo combate ao estigma, discriminação e violência sobre pessoas com incapacidade psicossocial e utilizadoras de serviços de saúde mental.

Cravinho destacou igualmente a realização da Cimeira Ibero-Americana , "defendendo que a organização constitua uma grande aliança para a transição energética e se aproxime da CPLP".

Ao nível bilateral, sublinhou a cimeira Luso-Brasileira regressou, após quase sete anos, e "excedeu as melhores expectativas", através de uma declaração final com 99 parágrafos e uma ampla lista de instrumentos assinados, entre as quais a instalação sediar em Portugal a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a aposta no setor aeronáutico "na senda do sucesso dos investimentos da Embraer", e ainda apostar nas energias renováveis.

Segundo Cravinho, isto "demonstra a amplitude das relações bilaterais e dos temas discutidos, e é representativo do elevado grau de ambição que ambas as partes colocam neste relacionamento", observando ainda a importância da recente visita a Portugal do Presidente da Colômbia, "permitindo traçar todo um conjunto de interesses comuns, desde o combate ao tráfico de droga e à toxicodependência às energias renováveis" e a realização do Fórum Económico Portugal-Angola.

João Gomes Cravinho recordou também a sua presença em Dacar para copresidir à Comissão Mista Luso-Senegalesa, "que permitiu avanços na cooperação nos setores das pescas, portos e outras atividades ligadas ao mar, e na formação nas áreas do turismo e da diplomacia", além da sua visita com os homólogos na Gâmbia e da Mauritânia.

"Maio foi o mês do Magrebe. Tivemos a Reunião de Alto Nível entre Portugal e Marrocos, que elevou a relação bilateral para o patamar de parceira estratégica, e que permitiu aprofundar o diálogo entre múltiplas áreas setoriais. Depois tivemos a Visita de Estado do presidente da Argélia que foi também um sucesso e demonstrou que é possível ter relações próximas e amigas com ambos os países", frisou, lembrando também a deslocação à Tunísia em representação da União Europeia.

Cravinho referiu-se ainda à internacionalização da cultura portuguesa, mantendo-se "as linhas fortes e perenes de comemoração das datas maiores da nossa língua e da nossa cultura, como o Dia Mundial da Língua Portuguesa e em breve o 10 de Junho"

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