Durante a madrugada de segunda-feira, dia 7 de julho, uma mulher, de 33 anos, deu entrada num hospital privado em Mirandela, com dores nas costas, tendo acabado por dar à luz sem que soubesse que estava grávida. No entanto, o bebé acabou por morrer ao final do dia da passada terça-feira, dia 8 de julho.
Tudo aconteceu quando a mulher se deslocou até ao Atendimento Médico Permanente, no Hospital Terra Quente, queixando-se de "fortes dores lombares" e sem saber "que estava grávida". Já durante a realização de exames, "entrou inesperadamente em trabalho de parto".
Conta o hospital em questão, através de uma publicação no Facebook, que "a equipa médica em serviço reagiu de forma célere e eficaz".
No momento do parto, a mulher foi acompanhada por uma enfermeira, enquanto um médico assegurava a sua estabilização clínica e coordenava contactos com o INEM, por forma a ativar os meios de urgência necessários.
Chegados ao local, o bebé, "ainda prematuro", já tinha nascido. "Encontrava-se estável, assim como a mãe".
Posteriormente, a mãe e o filho foram transferidos para a unidade de neonatologia do Hospital de Vila Real.
Bebé morreu na terça-feira
Sabe-se agora que, no final do dia de terça-feira, o bebé acabou por morrer. De acordo com informação avançada pelo Jornal de Notícias (JN), uma fonte hospitalar revelou que o bebé morreu no Centro Materno Infantil do Norte, no Porto.
O mesmo meio não deu mais detalhes sobre a causa da morte. No entanto, adiantou que a jovem de 33 anos já teve alta hospitalar.
Note-se que em três semanas, foram três os bebés que morreram na região de Lisboa e Leiria. Nos dois primeiros casos, duas grávidas perderam os bebés devido ao encerramento das urgências.
Já a terceira mulher, que estava grávida de 26 semanas, que estava a ser transportada pelos Bombeiros Voluntários da Nazaré para o Hospital de Leiria, deu à luz na ambulância e o bebé acabou por morrer.
Em entrevista, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse "lamentar profundamente" o desfecho dos dois primeiros casos - uma vez que à altura da entrevista eram os que se conheciam -, mas que "dificilmente seria evitado". Referiu ainda que "a medicina ainda não consegue resolver tudo" e considerou que "não podemos normalizar a ideia de que ter urgências fechadas é algo normal".
Já na quinta-feira passada, dia 10 de julho, uma grávida teve o bebé no carro enquanto se dirigia para o Hospital Garcia de Orta, em Almada. A viatura onde seguia foi obrigada a parar na berma da estrada, num trecho do IC21, entre o Barreiro e a Autoestrada 2 (A2).
A mulher vive no Barreiro, mas terá seguido para Almada, dado que as urgências de obstetrícia do Hospital de Nossa Senhora do Rosário se encontravam fechadas.
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