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Nasceram mais bebés e morreram menos pessoas, mas saldo continua negativo

Em 2022, nasceram mais de 83 mil crianças em Portugal, um aumento de 5,1% em relação a 2021. Já o fim da pandemia ajudou a que o número de casamentos aumentasse exponencialmente.

Nasceram mais bebés e morreram menos pessoas, mas saldo continua negativo
Notícias ao Minuto

12:08 - 28/04/23 por Hélio Carvalho

País Natalidade

Os dados mais recentes sobre a demografia portuguesa melhoraram, mas não o suficiente para alterar a situação de decrescimento da população. Segundo os mais recentes dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nasceram mais bebés em Portugal e morreram menos pessoas, mas o saldo natural continua negativo em todas as regiões do país.

Em termos de natalidade, o INE aponta que, em 2022, nasceram com vida 83.671 bebés de mães residentes em Portugal, um aumento de 5,1% em relação ao ano anterior (mais 4.089 bebés). Destes, a maioria - 60,2% - nasceram de pais não casados, o que representa o oitavo ano consecutivo em que mais de metade dos nados-vivos são filhos de pais não casados.

Dos mais de 83 mil bebés, 40.746 são do sexo feminino, enquanto que 42.925 são do sexo masculino.

Além disso, "à semelhança de anos anteriores, também em 2022, setembro foi o mês em que se registou o maior número de nados-vivos", sendo que o mês de novembro foi no qual houve uma maior subida relativamente a 2021. Todas as regiões do país registaram mais bebés do que em 2021 (tirando o Algarve), sendo que a região com um maior crescimento foi o Norte (+6,2%).

Menos mortos no geral, mas mortalidade infantil aumenta

Quando à mortalidade, morreram 124.311 pessoas residentes em Portugal durante o ano anterior, menos 491 (0,4%) do que no ano passado. Morreram mais mulheres do que homens, embora a diferença seja reduzida: foram registados 62.615 óbitos do sexo feminino, para 61.696 óbitos do sexo masculino.

A maioria dos óbitos (86,6%) ocorreu em pessoas com 65 ou mais anos, e mais de metade (60,7%) morreu com 80 anos ou mais.

Mas, apesar da redução ligeira no número de mortos, a mortalidade infantil também aumentou ligeiramente, já que, em 2022, morreram 217 crianças com menos de um ano, mais 26 do que em 2021. A taxa de mortalidade infantil aumentou, assim, de 2,4 para 2,6 óbitos por mil nados-vivos.

O INE constatou então que houve, graças a um aumento do número de nascimentos e a uma redução no número de mortos, um "desagravamento do saldo natural, de -45.220 em 2021 para -40.640 em 2022". "Todas as regiões NUTS II registaram um saldo natural negativo em 2022. A região Centro foi aquela onde se verificou o saldo natural negativo mais acentuado (-15.284) e a Região Autónoma dos Açores registou o valor menos negativo (-642)", acrescenta o instituto.

Fim da pandemia motivou 'corrida' aos casamentos

Um fator que tem sido uma constante preocupação demográfica é o número de casamentos em Portugal, com os últimos anos a ditarem mais divórcios do que casais a 'darem o nó'. Em 2022, a tendência inverteu-se, com o número de casamentos a aumentar exponencialmente, com uma justificação a ser o levantamento de todas as medidas de contenção que foram implementadas durante dois anos de pandemia.

Segundo o INE, em 2022 houve mais 7.895 casamentos do que em 2021, um aumento de 27,2% que se reflete num valor total de 36.952 casamentos. Isto quando, ao mesmo tempo, a idade média ao casamento de ambos os sexos aumentou cinco anos entre 2013 e 2022 - atualmente, está fixada nos 39,9 anos para os homens e 37,4 anos para as mulheres.

Desses mais de 36 mil casamentos, 801 ocorreram entre pessoas do mesmo sexo (419 entre homens e 388 entre mulheres), sendo que em 2021 esse valor foi 549.

"Em 2022, o número de casamentos celebrados registou variações homólogas positivas em todos os meses, com maior intensidade nos primeiros quatro meses do ano. Nos meses de fevereiro e março, o número de casamentos realizados correspondeu a, respetivamente, 8 e 4 vezes o número de casamentos realizados nos meses homólogos de 2021, dadas as medidas de confinamento impostas pela pandemia nos primeiros mesmos meses de 2021. Setembro, foi o mês em que se realizaram mais casamentos (5 165)", apontou ainda o INE.

Todas as regiões do país registaram um aumento no número de casamentos, com o Algarve a liderar no crescimento (mais 56% do que em 2021) e o Norte a encabeçar o número total de matrimónios (mais de 12 mil).

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