O Ministério da Saúde deliberou esta segunda-feira, e perante os "constrangimentos ao regular funcionamento dos serviços de urgência pediatria", que onze serviços de Urgência de Pediatria de Lisboa e Vale do Tejo vão estar abertos durante 24 horas.
Esta deliberação ocorre no âmbito da estratégia de reorganização do serviço de urgência de Pediatria na Região de Lisboa e Vale do Tejo.
A medida entra em vigor já a partir de dia 1 de abril, refere um comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Abertos durante 24 horas:
- Centro Hospitalar do Médio Tejo - Unidade de Torres Novas;
- Centro Hospitalar do Oeste – Unidade de Caldas da Rainha;
- Hospital Distrital de Santarém;
- Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte – Hospital Santa Maria;
- Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central – Hospital D. Estefânia;
- Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra);
- Hospital de Vila Franca de Xira;
- Hospital de Cascais;
- Hospital Garcia de Orta;
- Centro Hospitalar Barreiro Montijo;
- Centro Hospitalar de Setúbal * – suspende atividade das 21h de sexta-feira às 09:00 de segunda-feira, de 15/15 dias.
Mais ainda, e apenas para admissão de doentes, os seguintes hospitais estarão abertos das 09h00 às 21h00:
- Centro Hospitalar Lisboa Ocidental – Hospital S. Francisco Xavier – mantém horário praticado há vários anos, com os médicos a integrar a escala noturna do CHULC – Hospital D. Estefânia;
- Centro Hospitalar do Oeste – Unidade de Torres Vedras – em geral já não conseguia cumprir no período noturno com os requisitos dos serviços de urgência de pediatria;
- Hospital de Loures * – suspende atividade durante o fim-de-semana (horário iniciado a 1 de março).
Assim, note-se, o número de unidades fechadas durante o período noturno, entre as 21h00 e as 09h00, aumenta para três, uma vez que o serviço de urgência do Hospital Beatriz Ângelo já estava fechado à noite e aos fins de semana por falta de profissionais.
Esta estratégia resulta de "longas semanas de trabalho, com os profissionais das várias instituições que estão no terreno, com a ponderação e diálogo necessários, visando a construção de respostas que visam assegurar a proximidade e o acesso da população ao SNS, sublinhando a enorme generosidade e esforço dos profissionais", refere o comunicado.
Segundo a mesma nota, os resultados deste plano estratégico serão monitorizados pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, "de forma a avaliar a necessidade de alterações e definir a atuação nos restantes trimestres de 2023, em função da experiência do modelo, com perspetiva de potencial redução dos pontos de rede no verão e o aumento da disponibilidade no inverno, adaptando a oferta à procura de cuidados".
[Notícia atualizada às 13h11]
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