Esse fator, acentuou o autarca do município de Penafiel, no distrito do Porto, diminuiu para metade o número de restaurantes presentes na zona ribeirinha de Entre-os-Rios.
"Infelizmente, o que acontece este ano é ainda consequência da seca do ano passado. Há pouca lampreia nos nossos rios", anotou Antonino Sousa, em declarações aos jornalistas, na abertura do evento, realizada junto ao rio Douro.
Nos últimos dois anos, o evento não se realizou devido à pandemia da covid-19.
A menor quantidade de lampreia este ano, que já se tinha verificado em 2022, reflete-se, por outro lado, no custo acrescido que é cobrado aos clientes pela restauração.
Contudo, frisou Antonino Sousa, foi possível manter o preço aos que degustarem a lampreia no recinto do festival, até domingo.
"Há um esforço muito grande do município e dos restaurantes presentes para manter a oferta dos outros anos, que é poder degustar lampreia por apenas 20 euros e satisfazer o desejo de quem é apaixonado por esta especialidade", referiu.
Outra dificuldade, que justifica a presença de apenas dois restaurantes no festival, em vez dos habituais quatro, acrescentou o autarca, é a dificuldade no recrutamento de mão de obra por parte dos estabelecimentos.
"Hoje, o setor da restauração vive um grande problema de falta de mão de obra e, ao fim de semana, essa dificuldade é ainda maior. Portanto, não conseguiam ter gente para estar simultaneamente aqui no festival e estar a trabalhar nos restaurantes", explicou.
Até 31 de março, decorre no concelho a Rota da Lampreia, que reúne 12 restaurantes aderentes, em várias zonas com tradição naquele prato, nas margens dos rios Douro e Tâmega.
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